quinta-feira, 27 de junho de 2013

Sob forte calor, Espanha vence Nigéria

E vamos lá para mais uma etapa dessa série de jogos entre seleções que o Campo de Terra vem cobrindo. Seis dias depois de ver a inesquecível partida entre Taiti e Nigéria, fui para o Nordeste do Brasil, mais exatamente para a cidade de Fortaleza, para seguir a partida da própria Nigéria contra a Espanha. Os espanhóis tinham uma remotíssima chance de eliminação, e precisavam de pelo menos um empate para afastar de vez essa ameaça, e, de quebra, garantir o primeiro lugar do grupo. Os nigerianos dependiam de um milagre: precisavam vencer seu fortíssimo adversário e, ao mesmo tempo, o Taiti teria que perder "de pouco" para o Uruguai. Assim, os nigerianos poderiam garantir o segundo posto no saldo de gols e desbancar os uruguaios. Sob uma temperatura de 35 graus, a Espanha se tornou a décima seleção nacional da minha lista - um número bem razoável, se levarmos em conta que, ainda no início do mês, esse "clube" tinha apenas quatro integrantes.

Pois bem, demorou apenas dois minutos para os espanhóis começarem a confirmar seu favoritismo. Foi nesse instante que Jordi Alba marcou o primeiro gol da partida, fazendo 1 a 0 para a Espanha.

Logo de cara, Espanha 1 a 0.

O gol relâmpago da Espanha deu a impressão de que viria uma goleada. Mas não foi bem isso o que aconteceu. Ao contrário, a Nigéria foi para o ataque, e criou várias chances de chegar ao empate, para alegria - e desespero - dos torcedores cearenses, que, em sua maioria, apoiaram os nigerianos.
Espanha vai para o ataque.

Os espanhóis, por sua vez, abusaram do direito de perder gols. Soldado, por duas vezes, chegou na cara do goleiro nigeriano e desperdiçou chances claras de aumentar a vantagem. Em um lance típico da atual seleção espanhola, os jogadores trocaram passes por mais de um minuto, até que a bola sobrou para Fábregas, que, livre, carimbou a trave. E os times foram para o intervalo com a vantagem mínima para os espanhóis.

Nigéria com a bola.

O segundo tempo começou do mesmo jeito, com as duas equipes criando boas chances e as desperdiçando. E a Espanha acabou chegando ao segundo gol aos 17 minutos, com Fernando Torres, que havia acabado de entrar. Espanha 2 a 0.

Nigéria com a bola no meio de campo.

O segundo gol desanimou os nigerianos, que não assustaram mais. A Espanha, por sua vez, apenas deixava o tempo passar, com seu jogo de toque de bola à espera de espaço para jogar. Já nos acréscimos, veio o terceiro gol espanhol, novamente com Jordi Alba, que, sem marcação, teve liberdade para driblar o goleiro Enyeama e fazer 3 a 0 para a Espanha. E foi só.

Espanha ataca pela direita.

Sem nenhuma surpresa, Espanha, em primeiro lugar, e Uruguai, em segundo, foram os classificados do grupo. Nigéria e Taiti se despediram da competição. Agora, os dois classificados medem força com Itália e Brasil (neste momento em que escrevo a matéria, o Uruguai já perdeu para o Brasil por 2 a 1, e se despediu da competição). Devo confessar que achei meio chata essa "classificação linear" que acabou acontecendo na primeira fase, com TODOS os jogos sendo vencidos pelo time que acabou em posição melhor na tabela, e a classificação foi exatamente a esperada (Brasil e Itália disputando o primeiro lugar do Grupo A, México e Japão na 3ª e 4ª posições, e, no Grupo B, Espanha em 1º, Uruguai em 2º, Nigéria em 3º e Taiti em 4º, exatamente como ditaria a lógica). Isso acabou tirando um pouco aquela imprevisibilidade que é um dos fatores que fazem do futebol um esporte tão emocionante. Mas, por outro lado, não se pode negar que houve bons jogos. Nesse sentido, o torcedor foi premiado.

Como não estarei em nenhuma das partidas das semifinais e finais da Copa das Confederações, este foi o último jogo da minha cobertura de jogos entre seleções deste ano. Voltarei agora a seguir os jogos entre clubes, especialmente aqueles para os quais os holofotes da mídia não estão voltados. Esses últimos dias foram oportunidades para encontrar vários amigos e parentes pelas diversas cidades onde aconteceram os jogos, seja dentro do estádio, seja em encontros antes de a bola rolar. E ainda foram uma chance para visitar várias cidades e conhecer estádios novos. Quanto às cidades, conheci Fortaleza e retornei a Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte, além, é claro, de Brasília, onde moro. Voltei a ver um jogo no Maracanã e no Mané Garrincha, e conheci a Arena do Grêmio, o Mineirão e o Castelão. Foram dias muito bons, e uma oportunidade que eu soube aproveitar. Mas confesso que estou com saudades dos jogos "menores", aos quais voltarei nos próximos dias.

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