quinta-feira, 5 de julho de 2012

Sobradinho e Crac ficam no zero

Na última quarta-feira, uma espera de 16 anos chegou ao fim. Desde o distante 1996 que o Sobradinho não disputava uma competição nacional. Naquela ocasião, o Leão da Serra disputou uma inchada Série C, onde dividiu espaço com clubes que já fecharam suas portas ou estão licenciados, como Corinthians de Presidente Prudente , Planaltina, Catuense, Sãocarlense e Matsubara; outros que andam sumidos no cenário nacional ou nas divisões inferiores de seus estados, como Juventus, Comercial de Campo Grande, Francana, Galícia e Anápolis; e, ainda, outros que em tempos recentes estiveram ou ainda estão na Primeira Divisão nacional, como Avaí e Figueirense. Na época, o Sobradinho, por uma decisão infeliz de alguns de seus dirigentes, mudou seu nome para Botafogo Sobradinho. A estratégia não deu certo: os botafoguenses da cidade não adotaram a "novidade", e os torcedores do Sobradinho sentiram seu time descaracterizado. Assim, logo o time voltou ao seu nome original. Mas, depois disso, o clube caiu, e por muitos anos frequentou a segunda e até a terceira divisão local. Na atual temporada, o time ressurgiu, terminando o campeonato candango em um honroso terceiro lugar, à frente dos outrora favoritos Brasiliense e Gama. E, com a desistência do Gurupi, o Leão da Serra ganhou a chance de voltar a uma competição nacional. E, na última quarta-feira, o Leão da Serra recebeu em seu estádio, o Augustinho Lima, o Crac, da cidade de Catalão. A equipe goiana não pode reclamar muito de seu passado recente: em 2004, o time levantou a taça de campeão goiano, e por algumas vezes desde então, fez boas campanhas no campeonato local: quarto colocado em 2009, e terceiro no último campeonato, o que o credenciou a disputar a Série D este ano. Para minha lista, nenhuma novidade: terceiro jogo da equipe de Catalão visto in loco (por coincidência, os outros dois foram contra o Ceilândia, no Abadião) e oitavo do Sobradinho. Para não perder esse grande jogo, cheguei ao Augustinho Lima na hora marcada. E aqui conto a história do jogo.

Depois de chegar ao Augustinho Lima, passei por uma demorada fila para entrar no estádio. Uma vez lá dentro, o jogo atrasou por um motivo que, infelizmente, já vem virando rotina em jogos na Capital: a ambulância demorou para chegar. Somente 21 minutos depois do horário marcado a bola rolou.
Rolou, em termos, pois depois de apenas oito minutos, a ambulância teve que deixar o estádio. Nada de relevante aconteceu nesses minutos. Com a chegada de outra ambulância, poucos minutos depois, o jogo recomeçou.

Com 10 minutos de jogo, o Sobradinho teve a primeira grande chance de abrir a contagem, em um lance em que o atacante ficou livre para chutar cruzado. Mas, para surpresa geral, ele chutou para trás, ao invés de tentar o gol. Um lance bastante curioso. De resto, o jogo foi fraco no primeiro tempo, com muitas paralisações (além das causadas pela falta de ambulância) e poucas chances de gol. O time da casa era um pouco melhor, mas seus jogadores não conseguiam criar chances reais de gol. O time de Catalão praticamente não levava perigo.

Flash do primeiro tempo.

Nos minutos finais do primeiro tempo o Sobradinho finalmente criou algumas chances reais de gol, mas parou no bom goleiro do time goiano, que garantiu que as duas equipes fossem para os vestiários com o zero no placar.

O segundo tempo começou frio, não muito diferente do primeiro, nem do clima frio da noite de Sobradinho. O Leão da Serra continuava melhor no jogo, mas desperdiçava as poucas chances reais de gol que criava, enquanto o Crac praticamente não atacava.

Flash do segundo tempo.

O time de Catalão melhorou na segunda metade da etapa final, e criou algumas oportunidades depois dos 20 minutos. Mas o ímpeto durou pouco, e logo o Sobradinho voltou a dominar. Porém, continuava sem conseguir criar boas chances, e na prática, pouca coisa realmente relevante aconteceu. E o jogo terminou mesmo no zero a zero.

A estreia certamente não foi o que a torcida do Leão da Serra esperava - e, de fato, o time, embora dominando territorialmente, não jogou bem, e mostrou falta de entrosamento. O time goiano, por sua vez, ficou devendo, e muito. Levou pouquíssimo perigo ao gol do Leão da Serra. Resumindo, foi um jogo fraco. E, em um campeonato de tiro curto, não há muito tempo para se recuperar. Os dois times vão ter que trabalhar muito se tiverem alguma aspiração na competição.

Fim de jogo, hora de voltar para casa, para o merecido descanso. E, claro, para preparar a matéria.

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