terça-feira, 25 de outubro de 2016

Nacional e Ferroviária empatam e deixam decisão para o segundo jogo

No dia 1º de setembro de 2012 eu havia visto, pela última vez, uma partida no simpático estádio Nicolau Alayon, cancha onde o Nacional paulistano manda seus jogos, localizada no final da Rua Comendador Souza. Também havia visto, pela última vez, uma partida pela Copa Paulista, importante competição promovida pela Federação Paulista de Futebol, que oferece vagas à Copa do Brasil e ao Campeonato Brasileiro da Série D. Na ocasião, o São Bento fez as vezes de visitante ingrato e venceu o Audax por 2 a 1. No último sábado, mais de quatro anos depois, voltei a ver uma partida no Nicolau Alayon, pela Copa Paulista. Dessa vez, o Nacional, dono da casa, estava presente, e recebeu a Ferroviária. A equipe de Araraquara era a única representante da Série A1 paulista que seguia viva na competição. No Paulistão deste ano, a equipe foi bem por diversas rodadas, e chegou a ser indicada como a grande surpresa da competição, mas acabou caindo de produção e nem se classificou para a segunda fase. O Nacional disputou a Série A3, e chegou entre os oito classificados à segunda fase, mas não conseguiu o acesso. Agora, a Copa Paulista era uma chance para ambas as equipes se redimirem. E vencer esse primeiro duelo pelas quartas-de-final seria um grande passo. No estádio, tive a ótima companhia dos amigos Nilton, Bruno Filandra, Seu Natal, Mario Gonçalves e Fernando Martinez.
Equipes perfiladas para a execução do Hino Nacional.
A Ferroviária dominou as ações em praticamente toda a primeira etapa. Embora o time não conseguisse criar tantas chances para abrir a contagem, conseguia fazer com que a maior parte do jogo acontecesse em seu campo de ataque. O Nacional só conseguiu produzir alguma coisa no comecinho. Depois disso, a equipe de Araraquara foi melhor.
Jogadores brigam pela bola no meio de campo.
Apesar da pressão, a Ferroviária tinha dificuldades para encontrar o caminho do gol. E a chance veio aos 34 minutos, quando a arbitragem marcou pênalti para a equipe de Araraquara, após Rafael Castro ser derrubado dentro da área. O lance gerou reclamações por parte dos nacionalinos, que alegavam um suposto impedimento antes do lance faltoso. Indiferente às reclamações do time da casa, William Cordeiro cobrou bem a penalidade e colocou os visitantes em vantagem.
Raro momento do primeiro tempo no campo de ataque do Nacional.
Pouca coisa aconteceu entre o gol e o intervalo, e o placar final da primeira etapa foi mesmo de 1 a 0 para a Ferroviária.
Flash da primeira etapa.
O Nacional veio com outra cara na segunda etapa. O time da Capital passou a pressionar, e a mandar no jogo. E não demorou para o Nacional empatar a partida. Tuco, de dentro da área, chutou cruzado e reestabeleceu a igualdade no marcador.
Melhor na segunda etapa, Nacional busca o ataque.
Sabendo que a vitória seria importantíssima para o time ir tranquilo para o jogo de volta, em Araraquara, o Nacional continuou atacando, em busca da virada. E teve uma chance de ouro ao 20 minutos, em cobrança de um pênalti sofrido por Michel. O próprio Michel foi para a cobrança, mas bateu mal, e chutou por cima do gol.
Pênalti desperdiçado pelo Nacional.
O Nacional continuou melhor, mas o gol teimava em não sair. A Ferroviária pouco conseguia criar, e buscava sobretudo segurar o empate, que já daria uma boa vantagem para o jogo de volta. No finalzinho, o Nacional teve a chance de vencer a partida, com Carrara, mas ele chutou por cima, desperdiçando a oportunidade. E o jogo terminou mesmo empatado em 1 a 1.
O empate foi melhor para a Ferroviária, que, tendo uma campanha melhor que a do Nacional, só precisa de um novo empate no jogo de volta, a ser realizado em Araraquara. Ao Nacional, resta vencer fora de casa. Quem viu esse primeiro jogo sabe que muita coisa pode acontecer no jogo de volta, e tudo está indefinido. Resta aguardar o próximo fim de semana.
Fim de jogo, hora de voltar ao hotel, e me preparar para um fim de semana que estava apenas começando.

domingo, 16 de outubro de 2016

Almanaque - Parte 9

Jogo: Gama 3x1 Atlético-GO (Jogo 23 - 10/08/1997)

Na falta de novos jogos para contar aqui, vamos trazer a lembrança de pelejas passadas, da época em que eu nem sonhava em criar o Campo de Terra. A Série B é uma competição que prestigiei in loco por diversas vezes: até hoje, foram 147 partidas. Mas essa história toda certamente começou em algum lugar. E foi no antigo Bezerrão, na tarde de domingo, 10 de agosto de 1997. Naquela ocasião, Gama e Atlético Goianiense se enfrentariam na cancha gamense. O cenário era muito diferente do atual: o Bezerrão era praticamente um outro estádio, tinha uma arquibancada única, sem assentos. O Gama Shopping sequer existia. Só o que não mudou é a paixão do torcedor, que já naquela ocasião compareceu em bom número ao estádio.

Dentro de campo, o Gama dominou o jogo todo. Logo no começo, aos seis minutos, Marcelo França aproveitou cobrança de escanteio para mandar para dentro. Aos 23, Kabila arriscou de longe e o goleiro atleticano aceitou, aumentando a vantagem do Gama para 2 a 0, resultado final do primeiro tempo. Na segunda etapa, o Gama não corria grandes riscos, e ainda achou tempo para marcar o terceiro. Aos 15 minutos, Marcelo França fez uma bela jogada e driblou vários defensores atleticanos, até ser derrubado pelo goleiro atleticano Washington: pênalti e expulsão do goleiro. Anderson cobrou a penalidade e fez 3 a 0 para o Gama. Já aos 44, China diminuiu para os atleticanos, mas já era tarde. Final: Gama 3x1 Atlético-GO

Naquele ano, o Gama fez um ótimo campeonato nas duas primeiras fases, mas, na terceira fase, caiu de produção, e terminou em último lugar em um grupo com Náutico, Ponte Preta e CRB. O melhor estava guardado para o ano seguinte, quando o alviverde se sagrou campeão da Série B e conquistou o acesso à elite do futebol brasileiro. E minha história na Segundona nacional começou ali. Uma história de grandes jogos e muitas visitas a estádios.