domingo, 29 de março de 2015

Itumbiara derrota Grêmio Anápolis fora de casa

No último domingo, mais uma vez peguei a estrada para ver uma partida de futebol. Mais precisamente, fui ao Estádio Jonas Duarte, em Anápolis, onde se enfrentariam Grêmio Anápolis e Itumbiara. As duas equipes integravam o equilibrado Grupo A do Goianão, que tinha o próprio Grêmio Anápolis na última colocação entre cinco clubes, mas separado de seu adversário dessa tarde por apenas cinco pontos (10x15). O Grêmio Anápolis foi fundado em 1989, como Grêmio Inhumense, tendo chegado a disputar a Série C nacional nos anos 2000. Posteriormente mudou-se de Inhumas para Anápolis. O Itumbiara buscava os três pontos para ainda sonhar com a classificação, enquanto os donos da casa fugiam do rebaixamento.

Por mais que os times se esforçassem e, vez ou outra, conseguissem levar algum perigo à meta adversária, o jogo era muito concentrado no meio de campo, e as equipes, embora tentassem, pouco conseguiam produzir.

Grêmio Anápolis com a bola.

O jogo seguiu nessa toada nos dez primeiros minutos. Depois, as equipes se soltaram, e passaram a atacar mais. O time da casa era um pouco melhor. No entanto, as defesas conseguiam manter o perigo afastado. Aos 39 minutos o Itumbiara teve sua chance de ouro, após uma bela jogada em que o atacante Kamar passou pelo goleiro e as redes só não balançaram porque o zagueiro do Grêmio tirou em cima da linha.

Agora, é o Itumbiara quem chega.

O primeiro tempo terminou mesmo sem bolas na rede. Apesar da disposição, os atacantes não conseguiram marcar.

Marcação do time da casa.

O segundo tempo seguia na mesma toada. E o Itumbiara acabou abrindo a contagem, aos 15 minutos, em um belo chute cruzado de Ronaldo. 1 a 0.


Mais dois momentos da segunda etapa.

A situação do time da casa se complicou ainda mais com a expulsão de Cléber. O ritmo do jogo caiu, e a partida foi marcada por uma grande quantidade de paralisações e pouca coisa acontecendo. No entanto, o Itumbiara ainda achou tempo para marcar mais um. Aos 43 minutos, Douglas Silva chutou forte, o goleiro chegou a tocar na bola, mas não impediu o gol. Itumbiara 2 a 0. E ficou nisso.

Jogador do GEA recebe marcação.

O Itumbiara agradeceu pela rodada de descanso do Trindade e superou o time na classificação. Ambos somam 18 pontos, mas o Tricolor tem uma vitória a mais, embora tenha jogado uma partida a mais que o TAC. O Grêmio Anápolis segue na lanterna do grupo, e se vê cada vez mais ameaçado pelo rebaixamento. As equipes ainda têm duas rodadas para selarem seu destino na competição.

Jogo encerrado, hora de pegar a estrada - e muita chuva - para retornar à Capital Federal, e me preparar para mais uma semana.

quarta-feira, 25 de março de 2015

Cruzeiro surpreende Gama e tira liderança do adversário

A primeira fase do desorganizado Candangão de 2015 chegou ao seu final na última quarta-feira. Os oito classificados para a segunda fase já estavam definidos, mas faltava saber em que posições os classificados ficariam, e ainda faltava conhecer o rebaixado. E o jogo entre Gama e Cruzeiro, no Bezerrão, foi importante para definições nas duas áreas. O Gama liderou a competição na maior parte do tempo, e precisava vencer para não correr o risco de perder a ponta para o Brasília. O Cruzeiro, por sua vez, ainda corria risco de rebaixamento, e a vitória afastaria qualquer possibilidade de descenso. Jogo importante na rodada final, e o Campo de Terra esteve lá.

O jogo começou com baixíssimo nível técnico. O Gama, nos primeiros minutos, era um pouco melhor, mas raramente chegava com perigo. Depois dos 10 minutos, o Cruzeiro teve um lampejo de bom futebol, e criou algumas chances de marcar. Mas essa fase não durou muito e, logo em seguida, foi a vez de o Gama levar perigo.

Gama tenta avançar

O jogo continuava longe de ser um primor técnico. O Gama tinha mais qualidade e atacava mais, mas custava para criar chances reais de gol. Depois dos 35 minutos, o alviverde finalmente teve algumas chances reais de gol. Porém, para surpresa geral, foi o Cruzeiro que marcou. Aos 41 minutos, Leandro chutou fraco, mas a bola acabou entrando, fazendo 1 a 0 para o Carcará.

Ainda o Gama com a bola.

O jogo continuou na mesma toada. O Gama atacava mais, e chegou a criar uma chance de gol. Mas as equipes foram mesmo para o intervalo com a vantagem mínima do Carcará.

Briga pela bola.

Na segunda etapa, o Gama pressionou desde o começo, e criou várias chances de igualar o marcador. O Cruzeiro se defendia como podia. Perdendo muitas chances, o Gama chegou a mandar uma bola no travessão aos 26 minutos.

Marcação cruzeirense.

O Carcará, porém, foi bravo em segurar o placar. E, apesar de todo o esforço do Gama, as redes não balançaram mais até o apito final. E o jogo terminou mesmo com a vitória do Cruzeiro por 1 a 0.

Bola no ataque do Carcará.

O resultado foi péssimo para o Gama. Após liderar a primeira fase por várias rodadas, o alviverde foi ultrapassado pelo Brasília, que derrotou de virada o Santa Maria. O time enfrentará o Bosque de Formosa nas quartas-de-final. O Carcará sai de cabeça erguida, e segue na primeira divisão - mesmo que perdesse, permaneceria, já que o Ceilandense perdeu para o Sobradinho. No entanto, graças à desorganização do futebol brasileiro, o time entra em longas férias, e só volta a campo em janeiro de 2016. E ainda tem gente que não entende por que o 7 a 1 aconteceu.

Fim de jogo, hora de tomar um sorvete na Saborelli do Gama Shopping, e, em seguida, voltar para casa.

domingo, 22 de março de 2015

Brasília derrota Luverdense, mas se despede da Copa Verde

O fim de semana ainda me reservou uma boa surpresa. Sem esperanças de que o jogo entre Brasília e Luverdense fosse realizado com portões abertos, me programei para ver mais um jogo em solo goiano no último domingo. Mas, inesperadamente, houve venda de ingressos para esse jogo, e eu mudei os planos, tomando o rumo do Serejão. O jogo valia pela Copa Verde, e o Brasília, atual campeão, precisava vencer por pelo menos dois gols de diferença se ainda sonhasse com o bicampeonato. O time de Lucas do Rio Verde, que havia vencido a partida de ida por 1 a 0, precisava de um empate, podendo até perder por um gol de diferença, desde que marcasse pelo menos uma vez. Vitória de 1 a 0 do Colorado levaria o jogo para os pênaltis. Com esse panorama, saí de Goiânia na manhã de domingo e cheguei a tempo para o jogo.

Chegando ao estádio, fiquei por um bom tempo olhando que mudança que teria sido feita, que justificasse tanto tempo desse absurdo de o torcedor não poder acompanhar os jogos. Não encontrei nenhuma mudança no estádio. Os responsáveis por esse absurdo continuam devendo uma explicação.

O jogo começou com poucas emoções. A primeira chance de gol foi do Luverdense, aos 12 minutos, em uma cabeçada por cima do gol. Depois disso, o Brasília teve uma chance aos 34.

Embaixo de chuva, Brasília tenta chegar.

O Brasília, que precisava do gol, pressionou nos minutos finais da primeira etapa, mas não conseguiu balançar as redes. E as duas equipes foram mesmo para o intervalo empatadas em 0 a 0.

Ainda o Brasília com a bola.

O Luverdense veio fechado para o segundo tempo, e o Brasília pressionou, em busca do gol. Mas a defesa da equipe matogrossense conseguia manter o perigo longe, e o Brasília desperdiçava as chances que tinha.

Jogadores brigam pela bola.

O Brasília, no entanto, abriu a contagem aos 19 minutos. Héverton aproveitou a falha do goleiro adversário e mandou para dentro. O segundo gol veio seis minutos depois, com Morais, após uma bela jogada coletiva do ataque colorado.

Brasília no ataque.

Após o segundo gol, o Brasília diminuiu o ritmo, mas o Luverdense pouco conseguia produzir. O Brasília ainda criou algumas chances de aumentar. Mas, aos 43 minutos, foi o Luverdense quem marcou. Após cobrança de falta, o goleiro deu rebote duas vezes e Eydison mandou para dentro. E o Brasília não produziu mais nada nos minutos finais. Final, Brasília 2 a 1.

Agora é o Luverdense que tenta o ataque.

O resultado classificou o Luverdense para as semifinais da Copa Verde. O time enfrenta o também matogrossense Cuiabá na próxima fase. O Brasília se despede do sonho do bicampeonato da Copa Verde, e volta suas atenções para o Candangão.

Encerrada a partida, tomei o caminho de casa, para o merecido descanso.

Itaberaí surpreende América de Morrinhos e respira

Na falta de jogos para ver na Capital Federal, devido ao absurdo de a maioria dos jogos em Brasília serem disputados com portões fechados, resolvi respirar outros ares. No último fim de semana, voltei a um estádio que conheci no final do ano passado, para ver mais um jogo e pôr mais um time na minha lista. Fui a Itaberaí, mais exatamente ao Estádio Rio das Pedras, onde o Itaberaí recebeu o América de Morrinhos, em jogo válido pela Segunda Divisão goiana. O time da casa é o atual campeão da Terceirona estadual, mas não repete o bom desempenho na atual temporada: com apenas três pontos em seis jogos, o time ocupava o último lugar do Grupo A. O América, por outro lado, somava dez pontos em cinco jogos, apenas um a menos que o líder Vila Nova. O time de Morrinhos não só entrou para minha lista como o 239º clube da mesma, 36º goiano (contando os clubes goianos que jogam o Candangão), mas era também o último clube das duas primeiras divisões goianas que me faltava ver in loco. Agora, já vi todos.

O jogo começou morno, com pouca ousadia por parte das duas equipes. E pouca coisa efetiva aconteceu até os 23 minutos. Foi nesse momento que Bené chutou da grande área e abriu a contagem para o Itaberaí.

Jogador do América impede a passagem de adversário

A resposta do América veio cinco minutos depois, em cobrança de pênalti. Toni Souza bateu bem e colocou tudo igual no placar. O América, por alguns instantes, deu a impressão de que tinha acordado e que viraria o jogo. Mas quem chegou ao gol foi o Itaberaí. Bené, contando com a falha do goleiro americano, fez o seu segundo gol no jogo e marcou 2 a 1 para o time da casa.

Jogador do Itaberaí caído: é falta.

Depois disso, as duas equipes até criaram algumas chances, principalmente em jogadas individuais. Mas o placar final do primeiro tempo foi mesmo de 2 a 1 para o Itaberaí.

América no ataque.

O América voltou do intervalo mais disposto, e já nos primeiros segundos perdeu a chance de empatar. O time visitante criou algumas chances em erros da defesa do Itaberaí, mas pecava pela falta de objetividade. Depois dos 10 minutos, foi o time da casa que criou algumas chances de aumentar a vantagem.

Novamente o América no ataque.

Depois disso, o nível do jogo caiu. O América tinha o domínio territorial, mas criava poucas chances de gol. E o América ainda ficou com um a menos, nos minutos finais. Os destaques da segunda metade da etapa final foram uma série de cinco escanteios para o América e uma grande chance de gol para o Itaberaí em um lance em que o goleiro americano foi para o meio de campo e o atacante, após driblá-lo, chutou de lá mesmo. A bola saiu por pouco.

Jogador do América recebe marcação.

Aqui, é o jogador do Itaberaí que recebe a marcação.

Mas, fora isso, pouca coisa aconteceu. E o Itaberaí acabou mesmo vencendo o jogo por 2 a 1.

Jogador do América com a bola.

Oresultado deu novo fôlego para o Itaberaí, que continua em último lugar do grupo, mas agora tem apenas um ponto a menos que ovice-lanterna Novo Horizonte. Para o América, o resultado foi desastroso, uma vez que o Vila Nova derrotou o Anápolis e abriu quatro pontos na liderança do grupo. Faltando duas rodadas para o final da primeira fase, as definições ficam para os próximos dois fins de semana.

Encerrado o jogo, peguei a estrada para Goiânia e, após o jantar, fui descansar para voltar à Capital Federal no domingo.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Férias forçadas

O amigo leitor deve ter notado que há um bom tempo eu não posto nada aqui no Campo de Terra, e que as coberturas vêm rareando este ano. Deixo claro, desde já, que não encerrei as atividades do blog e que essa interrupção não tem sido motivada por uma falta de vontade da minha parte de postar aqui, nem nada do tipo. O leitor mais atento já deve imaginar o que está acontecendo; no entanto, uma explicação se faz necessária.

É sabido que o quadriênio 2011-2014 foi de total descaso com os estádios de futebol do Distrito Federal. Enquanto não faltava empenho em construir um estádio de bilhões de reais para uma competição que duraria apenas um mês, os demais estádios do Distrito Federal eram abandonados por quem os administra - no caso, o governo local. Nem precisaria gastar muito, um investimento de apenas 1% do que se gastou com o Mané Garrincha deixaria todos os estádios em boas condições. Mas isso não aconteceu.

O resultado é que, um a um, os estádios iam chegando a um ponto em que não podiam mais receber jogos. E o ápice dessa situação toda veio durante o campeonato da Segundona local do ano passado e, agora, no Candangão deste ano. A maioria dos jogos vêm sendo realizados com portões fechados. E, em meio a promessas, especulações, boatos e tantas outras coisas, ninguém resolve o problema. O resultado é que há pouquíssimos jogos para serem vistos, e assim as coberturas começaram a rarear. E eu fico curioso para entrar nos estádios quando estes forem finalmente liberados, para saber que grandes obras foram realizadas para a liberação.

O torcedor dos clubes locais, que quer apoiar, prestigiar, ajudar o futebol candango a ser mais forte, fica refém de toda essa situação, sem nenhuma explicação. E o futebol de Brasília - e, por extensão, o futebol brasileiro - é morto lentamente. Dói ainda mais ver que, no meio de toda essa situação, os cartolas já se movimentam para trazer jogos dos chamados grandes clubes para o Mané Garrincha, enquanto os clubes locais continuam abandonados.

Voltarei a um estádio assim que possível - perderei o clássico entre Gama e Brasiliense por compromissos pessoais, mas espero poder trazer novas coberturas em breve. E, se possível, viajarei para acompanhar partidas fora do Distrito Federal. Enquanto espero que essa situação se resolva de vez.

Até breve.