sábado, 17 de maio de 2014

Considerações sobre a final do Candangão

Neste sábado, estive no Estádio Mané Garrincha, onde se disputou a final do Campeonato Brasiliense, entre Luziânia e Brasília. Por razões diversas, acabei não preparando a matéria do jogo. No entanto, é necessário vir a esse espaço para fazer algumas breves considerações sonre esse jogo.

A primeira consideração é de ordem pessoal. Cheguei, nessa partida, a 700 jogos vistos em estádios. Jogos em que vi 228 clubes e 10 seleções diferentes, em 55 estádios, distribuídos por 35 cidades desse planeta. Muitas frustrações, inúmeras alegrias, e, acima de tudo, muito prazer com esse esporte apaixonante que é o futebol. No total, vi as redes balançarem por 1.966 vezes.

No que diz respeito ao jogo, o Luziânia, que já havia conquistado a vantagem de jogar por dois resultados iguais por ter a melhor campanha, aumentou ainda mais sua vantagem no jogo de ida, ao vencer por 3 a 2. Aí, mesmo com o Brasília vencendo a segunda partida por 1 a 0, a equipe goiana levantou a taça. E, pela primeira vez na história, o título de campeão brasiliense sai do Distrito Federal. Vai, de forma justa, para o Luziânia, time dono de uma fanática torcida, e que foi o melhor do campeonato por praticamente toda a fase de classificação.

Muito provavelmente, não haverá mais jogos em Brasília antes da Copa do Mundo. Talvez eu assista a mais algum jogo em outra cidade antes dessa competição. Mas, de toda forma, estou tirando umas férias até o início do Mundial, competição que acompanharei, e pretendo escrever aqui sobre os jogos a que assistirei. Assim, a não ser que eu assista a algum jogo que, por alguma razão muito especial, não possa ficar sem um relato aqui no Campo de Terra, só voltarei a postar no Mundial.

Grande abraço a todos, e até breve.

domingo, 11 de maio de 2014

Mauaense abre vantagem, mas cede empate ao Jabaquara

Mais uma cancha nova me esperava no último sábado. Em mais uma passagem pela capital paulista, dessa vez não fui tão longe quanto algumas semanas atrás, quando fui a Indaiatuba para ver o jogo entre Primavera e Elosport.. Fui à Grande São Paulo, mais precisamente ao Estádio Pedro Benedetti, na cidade de Mauá, onde Mauaense e Jabaquara se enfrentaram. Muito bem recebido pelo amigo Luiz Gustavo Folego e por sua namorada Juliana, almoçamos no shopping e depois fomos ao estádio. O Grêmio Mauaense se tornou o 228º clube da minha lista pessoal, e o estádio também foi novidade para mim. Quanto às equipes, o Mauaense levava o favoritismo, por jogar em casa, e por ter uma campanha muito melhor (13 pontos, contra quatro do clube santista). Mas certamente o Jabuca, que precisava vencer se sonhasse em reagir, ia querer complicar a vida do time da casa. No estádio, encontrei alguns amigos do anfitrião Luiz Gustavo, e aguardamos o apito inicial.

Entrada inferior do estádio. Os cartazes deixavam claro que ninguém entraria por aí.

Panorâmica do Pedro Benedetti. O Rodoanel passa por trás do estádio.

O jogo começou devagar, com poucas chances de gol. Mas, aos nove minutos, após uma falha da defesa do Jabaquara, Clécio chutou de longe e e balançou as redes, colocando o Mauaense na frente.


Mauaense com a bola.

O time do Jabaquara não conseguia se achar no jogo, e o Mauaense tinha suas melhores chances na bola parada. E foi assim que o time da casa chegou ao segundo gol. Após uma série de três escanteios, Volpe marcou o segundo: Mauaense 2 a 0.

Defesa do Mauaense chega na frente.
Depois do segundo gol, o Jabaquara melhorou e criou algumas chances. Aos 38 minutos, veio o primeiro gol da equipe santista, com Rodrigo Cobrinha. E os dois times até tentaram, mas não conseguiram mais mexer no placar até o intervalo.

Escanteio para o Mauaense.
No segundo tempo, os dois times tentavam criar chances, mas esbarravam nas defesas adversárias. As chances do Jabaquara eram um pouco melhores, com o time da casa recuado, buscando manter a vitória. Por volta dos 15 minutos, o Mauaense passou a atacar mais Porém, por preciosismo e falta de pontaria, o time não conseguia chegar ao terceiro gol.

Escanteio para o Mauaense, agora no segundo tempo.
O Jabaquara se aproveitou disso para tentar atacar, e buscar o gol de empate, mas o Mauaense, no geral, mantinha o perigo longe do gol. Porém, aos 32 minutos, o Mauaense pagou o preço, e acabou levando o gol de empate. Rodrigo Cobrinha, de pênalti, marcou o segundo do "Jabuca". Depois disso, as equipes levaram pouco perigo, e pareciam conformadas com o empate. E, sob uma garoa e um frio congelante, o árbitro determinou o final da partida com o empate em 2 a 2.






Alguns flashes do segundo tempo.

Mesmo com o empate que teve um sabor amargo, o Mauaense continua na liderança do grupo, com 14 pontos. O Jabaquara, longe de convencer, chegou a cinco pontos com esse empate. Com quatro rodadas por jogar, o Mauaense está em uma situação relativamente tranquila, mas, a partir de segunda-feira, poderá ter um grande problema, pois o TJD julgará o time por confusões no jogo com o São Vicente, e a equipe de Mauá pode ter que jogar algumas partidas longe de casa. O Jabuca terá que encontrar forças para reagir, pois o futebol apresentado pelo time foi fraco.

Final de jogo, peguei o trem da CPTM para retornar à capital paulista - e retornar a Brasília no dia seguinte, logo cedo.

sábado, 3 de maio de 2014

Sport vence Brasília e elimina Colorado da Copa do Brasil

Pelo quarto meio de semana consecutivo, eu me dediquei a ver uma partida da Copa do Brasil, competição que, em suas primeiras fases, permite alguns confrontos raros e alguns times novos para a minha lista de equipes vistas in loco. Assim, eu vi a classificação do Atlético-GO sobre o Flamengo-PI, o empate entre Goiás e Botafogo-PB, que classificou os paraibanos, e a inútil vitória do Brasiliense sobre o Princesa do Solimões. A jornada foi completada no estádio Mané Garrincha, onde se enfrentaram Brasília e Sport Recife. Esse confronto não acrescentou nenhum time novo à minha lista e, a bem da verdade, o próprio confronto não era inédito para mim, já que esses dois times também se enfrentaram pela competição em 2010, com vitória pernambucana. No confronto dessa última quinta-feira, feriado do Dia do Trabalho, o panorama não era diferente: os pernambucanos, mesmo com um time misto, eram amplamente favoritos para essa partida. O Brasília, ainda embalado pelo título da Copa Verde, chegaria disposto a mudar essa história. O jogo valia, ainda, como uma espécie de "Recopa", por envolver os campeões da Copa Verde e da Copa do Nordeste. O confronto prometia, e, entre torcedores do Brasília, do Sport e (muita) gente mais interessada em visitar o "estádio da Copa" do que na vitória de algum dos times, um bom público se fez presente.

O jogo começou com o Brasília errando muito, e o Sport tocava a bola com facilidade. Talvez nervoso por enfrentar um time de grande importância no cenário nacional, o Brasília começou o jogo, e demorou para se acertar. Depois de alguns minutos, enfim o Colorado acertou a marcação, mas pouco perigo levava ao gol do time pernambucano, que, quando o Brasília atacava, se defendia bem.

Bola alta.

O Sport era melhor no jogo, e dominava as ações. O Brasília teve poucas chances reais de gol. No entanto, a defesa colorada conseguia manter o zero no placar. Mas aos 34 minutos, não teve jeito. Após o zagueiro André cortar um cruzamento com a mão, o árbitro marcou pênalti para o Sport. Leonardo cobrou bem e colocou o Leão na frente.

Jogador do Sport vai para cima.

O segundo gol veio cinco minutos depois, com Augusto César. O Brasília parecia abatido, e pouco conseguiu fazer até o intervalo da partida. O Sport também administrou o resultado, e pouca coisa relevante aconteceu até o apito final dos 45 minutos.

Agora, é o Brasília que chega.

Sem nada a perder, o Brasília foi para o ataque na segunda etapa. Mas pouco conseguiu produzir, e ainda deixou espaços, permitindo os contra-ataques do time pernambucano. Em um desses contra-ataques, Ananias marcou o terceiro gol do time pernambucano. A essa altura, eram jogados 14 minutos da etapa final.

Sport no ataque.

O resultado dava ao Sport a classificação direta para a segunda fase, eliminando o jogo de volta. O Brasília precisava de dois gols para forçar o segundo jogo. E acabou marcando um desses gols aos 35 minutos, com Kaká. Depois disso, o Colorado teve seu melhor momento na partida, e pressionou em busca do segundo gol. A melhor chance veio com uma bola no travessão de Clodoaldo. Mas o placar final foi mesmo de 3 a 1 para o Sport.

Tentativa do Brasília

Com o resultado, o Leão avança na Copa do Brasil, e terá pela frente o Paysandu. O Brasília se concentra no Candangão, onde terá pela frente o Brasiliense, no próximo domingo - o Colorado venceu por 1 a 0 a partida de ida. O Sport tem ainda o Campeonato Brasileiro pela frente, e, devido a uma aberração do regulamento, precisa ser eliminado da Copa do Brasil nas próximas fases para ter direito de disputar a Copa Sulamericana. Outra aberração do regulamento faz com que o Brasília seja obrigado a se classificar para a final do Candangão, pois, do contrário, não terá mais nenhum jogo por fazer o ano inteiro.

Final de jogo, tomei o caminho de casa, para o merecido descanso, e para um feriado que estava apenas começando.