domingo, 14 de julho de 2013

O desrespeito continua: atraso de 24 minutos na vitória do Mixto sobre o Brasília

E, no último domingo, novamente a bola rolou pela Série D na Capital Federal. A partida no estádio Bezerrão envolveu duas equipes de tradição em seus estados, e com grande histórico de participações no Brasileirão nos anos 70 e 80: Brasília e Mixto. Equipes em situações absolutamente opostas: o time de Cuiabá somava seis pontos em três jogos, e liderava o grupo, enquanto o Colorado somava apenas apenas um ponto em dois jogos. Uma vitória poderia representar a recuperação para o time da casa, pois encostaria no Mixto, e ainda teria um jogo a menos. Mas a derrota deixaria o time na lanterna. A situação do Mixto era mais tranquila, pois mesmo perdendo o time permaneceria na liderança, ainda que com um jogo a menos. Uma vitória permitiria aos visitantes abrir uma grande vantagem.

No entanto, o desrespeito ao torcedor se repetiu na tarde de domingo: a partida atrasou incríveis 24 minutos para começar. Isso porque, embora o policiamento estivesse presente e houvesse uma ambulância, não havia um médico(!!!) no estádio. Enquanto esse problema persistia, só restava ao torcedor (mais uma vez) aguardar na arquibancada do Bezerrão, sem poder fazer nada. Somente quando essa pendência foi resolvida a bola rolou.

O Mixto até assustou nos primeiros minutos de jogo, mas, no geral, as melhores chances do primeiro tempo eram do Brasília. No entanto, chances reais de gol, para ambos os lados, foram poucas. E o Colorado, assim como no jogo contra o Águia Negra, na semana passada, não concluía bem. o último passe do time também era falho, e, assim, as chances de gol rareavam. Os matogrossenses atacavam pouco, e suas chances de gol se deviam muito mais às falhas defensivas do Colorado.

Escanteio para o Mixto.

E, de fato, no primeiro tempo, ninguém "quis" abrir a contagem. As equipes foram para os vestiários com o zero no placar.

Nem tudo é o que parece: quem está no ataque é o Mixto.

Porém, o que faltou de gols no primeiro tempo, sobrou nos primeiros minutos da etapa final. Já na quarta volta do ponteiro, o Mixto abriu os trabalhos: Geovani avançou sem grandes problemas pela defesa colorada e chutou para colocar o Mixto em vantagem: 1 a 0.

Já no segundo tempo, bola na área: ataque dos matogrossenses.

Apenas dois minutos depois, veio o empate do Colorado. Em cruzamento de Alan, Clécio, sem marcação, cabeceou para deixar tudo igual.

Parecia que o jogo ia esquentar de novo. Mas, rapidamente, o ritmo caiu novamente, e a toada do primeiro tempo continuou. Brasília um pouco melhor, mas sem conseguir criar chances reais de gol, e o Mixto, com poucas oportunidades, tentando sair no contra-ataque.

Mais uma ação ofensiva dos visitanes.

Porém, faltando 10 minutos para o final, quando parecia que o jogo ficaria no 1 a 1, veio a vitória dos matogrossenses. Em uma desatenção da zaga colorada, Rafael fuzilou e fez o segundo gol do Mixto. O gol desmotivou o Brasília, e os visitantes só esperaram o apito final para comemorar mais uma vitória.

O resultado aumentou ainda mais o abismo entre as duas equipes: enquanto o Mixto lidera a competição com nove pontos, abrindo uma folga de cinco pontos sobre o trio formado por Águia Negra, Goianésia e Aparecidense, o Brasília soma apenas um ponto, e carrega a lanterna da competição. A se lamentar, somente a inexplicável falta de respeito ao torcedor, em mais uma partida que começou depois do horário programado. É até compreensível que uma ou outra partida atrase por motivo de força maior, mas não dá para entender quando isso se torna a regra, e não a exceção. Será que isso vai mudar nos próximos jogos? Eu espero.

Encerrada a partida, hora de tomar o rumo de casa e me preparar para mais uma semana.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

No meu jogo 500 no DF, Brasília busca empate com Águia Negra no final

O último domingo foi marcado por uma marca na minha história de presenças em estádios. O jogo entre Brasília e Águia Negra foi o 500º embate que eu presenciei em Brasília. Desde o distante 30 de abril de 1995, quandi vi Brasília e Taguatinga empatarem sem gols no Mané Garrincha, com a torcida azul cantando "Canja de galinha" e "Passou um avião", até o nada alternativo Brasil x Japão, pela Copa das Confederações, haviam sido 499 partidas, envolvendo vários clubes de todo o País, além das seleções brasileira, chilena, portuguesa e japonesa. Essa era apenas uma das motivações para ir ao Bezerrão. A outra motivação, além de ver o Colorado em ação pela Série D, era incluir na minha lista o Águia Negra, time da cidade sul-matogrossense de Rio Brilhante, e que se tornou o 209º clube da minha lista, ao lado de 10 seleções nacionais. Aliás, meu destaque e meu respeito à torcida do clube visitante, que percorreu algo em torno de 1200 quilômetros para vir ao Bezerrão e ver esse jogo.

O Brasília começou o jogo pressionando o Águia Negra. O Colorado atacava mais e criava boas chances de abrir a contagem, enquanto a equipe de Rio Brilhante praticamente só se defendia. E, quando tinha a bola, o time visitante cometia erros incríveis.

Jogador do Brasília tenta manter a bola.

O ímpeto colorado, porém, durou algo em torno de 15 minutos. Depois disso, o Brasília diminuiu o ritmo, mas ainda assim raramente era ameaçado.
Bola na área.

Mas, de tanto perder gols, o Colorado acabou castigado: aos 40 minutos, Neto acertou um belo chute da entrada da área. A bola bateu no travessão e entrou, fazendo Águia Negra 1 a 0. E foi esse o placar do primeiro tempo.

O Brasília continuou melhor no segundo tempo. Mas os problemas de finalização persistiam. E, pela falta de pontaria dos atacantes colorados, o placar teimava em não mudar, embora o domínio fosse total do time da casa.

Brasília com a bola no campo de defesa.

Por volta dos 15 minutos, o Águia Negra, vendo que poderia aumentar a vantagem, foi para cima. Assim, tivemos alguns poucos minutos de um bom jogo, com bons ataques dos dois lados, especialmente do lado visitante.

Esses minutos, porém, foram o "canto do cisne" da partida. Depois disso, o jogo ficou absurdamente monótono, e as duas equipes não conseguiam criar praticamente nada. Parecia que só restaria esperar pelo apito final.
Novamente, bola na área. A bola do jogo está perto do travessão. Essa bola na mão do gandula
passa a impressão de que é a bola do jogo.

Somente aos 35 minutos o Águia Negra conseguiu, de forma tímida, fazer alguns bons ataques. E, ironicamente, o Brasília empatou o jogo aos 43 minutos. O artilheiro Cássius, de cabeça, fez o gol de empate do Colorado. O time da casa ainda tentou a virada nos minutos finais, mas o jogo terminou mesmo empatado em 1 a 1.

O resultado deu ao Brasília seu primeiro ponto, mas, após três rodadas (e duas partidas jogadas), o Colorado segura a lanterna do grupo. O time de Rio Brilhante, por sua vez, mesmo com uma campanha oscilante em seus três jogos, está em segundo lugar do grupo, com quatro pontos. O Brasília, na próxima rodada, tem pela frente o líder Mixto, no mesmo Bezerrão, enquanto o Águia Negra folga.

Fim de jogo, hora de deixar o Bezerrão e me preparar para a semana que estava por vir.