domingo, 24 de junho de 2012

Ceilândia derruba Aparecidense na abertura da Série D

E o domingo marcou a continuação da minha dupla jornada em solo goiano. Depois do bom empate entre Goiânia e Jataiense, chegou o dia de ver o meu primeiro jogo em Goiânia em 2012. O jogo entre Aparecidense e Ceilândia foi realizado no estádio Hailé Pinheiro, mais conhecido como Serrinha, que pertence ao Goiás Esporte Clube. E não deixa de ser curioso que, em um fim de semana, eu tenha visto um jogo do Goiânia em Aparecida de Goiânia e um da Aparecidense em Goiânia. Bom, voltando ao jogo, foi uma partida que marcou a estreia das duas equipes na Série D, após muita confusão fora dos campos. O Ceilândia, que recentemente se sagrou campeão do Distrito Federal pela segunda vez em sua história, veio com moral para a estreia, embora ainda não possa ser considerado favorito ao acesso. A Aparecidense, por sua vez, montou seu time com jogadores da base do Goiás - talvez por isso a opção pela Serrinha -, e é uma incógnita para a competição. E o Campo de Terra não poderia ficar de fora dessa. Assim, no horário marcado, cheguei ao estádio. E a partir de agora conto o que vi.

Entrada quase deserta do Hailé Pinheiro.
Vista interna do Estádio da Serrinha.

Cheguei ao estádio cerca de uma hora e vinte minutos antes do horário marcado para o início da partida, e nem parecia que haveria um jogo de futebol no local. Apenas alguns skatistas se divertiam em frente à entrada principal do estádio, e os quero-queros brincavam no gramado sem serem incomodados. Torcedores, mesmo, eram pouquíssimos. Assim, procurei uma sombra para me proteger do forte calor, e fiquei aguardando o início do jogo.

O jogo começou com a Aparecidense dominando territorialmente, mas criando poucas chances. Logo em seguida o Ceilândia equilibrou o jogo, e criou boas chances para abrir a contagem. Mas o bom momento do time visitante durou pouco, e a partida ficou equilibrada, com poucas chances de gol.

Ceilândia ataca: bola na área.

E a toada de boa parte do primeiro tempo foi mesmo essa: um jogo com poucas chances de gol. O Gato jogava melhor, mas não chegava a ter um domínio absoluto, e criava poucas chances reais de gol. A equipe da casa não mostrava um bom poder de finalização, e os chutes fracos de seus atacantes levavam pouco perigo.

Jogador do Ceilândia recebe marcação.
Falta para o Ceilândia.

Assim, não chegou a ser uma surpresa o 0 a 0 no placar no intervalo do jogo. O Ceilândia, mesmo jogando melhor, não conseguiu converter essa superioridade em gols. Restava aguardar o segundo tempo.

Ataque da Aparecidense. Defesa tira.

O segundo tempo não começou com uma cara muito diferente. O Ceilândia era melhor, mas não criava boas chances de gol. A Aparecidense também não conseguia fazer muita coisa.
Depois dos 20 minutos, a Aparecidense acertou a defesa e neutralizou as ações do Ceilândia, que, depois disso, pouco conseguiu fazer. A equipe da casa era perigosa nos contra-ataques, e teve boas chances de abrir a contagem.

Disputa de bola no meio de campo.
Bola na área.

Mas aos 34 minutos o Ceilândia marcou seu primeiro gol. Luiz Fernando recebeu passe do veterano Allan Dellon para balançar as redes para o Gato pela primeira vez nessa Série D. Ceilândia 1 a 0.
A Aparecidense foi para o ataque em busca do empate. Os jogadores chegaram a reclamar de um pênalti aos 40 minutos, quando um jogador do Ceilândia tocou a bola dentro da área. Mas o jogo terminou mesmo com o Ceilândia vencendo por 1 a 0.

Time de Aparecida de Goiânia tem a bola.

O Ceilândia conseguiu uma vitória convincente, uma vez que teve alguns tropeços em sua pré-temporada, que deixaram dúvidas quanto às reais possibilidades do time. Quanto à Aparecidense, o time fez o que se esperava de uma equipe jovem. Trata-se de uma equipe promissora, e cujos jogadores poderão brilhar em breve, se bem trabalhados. No geral, um bom jogo, com uma merecida vitória do Ceilândia, que jogou melhor.

Fim de jogo, era hora de pegar a estrada e voltar para Brasília. Um agradecimento especial ao pessoal do Ibis Goiânia, que fez tudo para que minha estadia na bela capital goiana fosse a mais tranquila possível. Espero voltar lá em outra oportunidade.

sábado, 23 de junho de 2012

Jataiense busca empate com Goiânia no final

E é chegada a hora de, pela primeira vez em 2012, acompanhar a Segunda Divisão goiana. O sábado reservou para a torcida o duelo entre o tradicional Goiânia e a Jataiense, no estádio Aníbal Batista de Toledo, na vizinha Aparecida de Goiânia. As duas equipes começaram mal o campeonato. A equipe de Jataí, em três jogos, conseguiu apenas dois empates, enquanto os representantes da Capital - com uma equipe formada basicamente pelo time sub-20 do clube, que recentemente se sagrou campeão goiano da categoria -, começou mal na competição, mas vem de uma importante vitória contra o itinerante Grêmio Anápolis fora de casa. A Jataiense é novidade na minha lista, e entra como 183º time da mesma. Para não perder nenhum momento desse jogo, almocei no Flamboyant Shopping e fui direto para o estádio.

Antes de um minuto de jogo, Raílson já deu um susto na torcida do Goiânia, perdendo uma boa chance em chute cruzado da entrada da área. De fato, a equipe de Jataí começou melhor no jogo, criando as melhores chances. O Goiânia também atacava, e deixava imensos espaços para os contra-ataques da Raposa.

Atacante da Jataiense tenta sair da marcação.

O jogo ficou mais equilibrado a partir dos 10 minutos, com a diminuição do ímpeto da Jataiense. O time visitante apostava nos chutes de longe, enquanto o Galo buscava a penetração.

Bola na área: ataque do Goiânia.

E, após 30 minutos de bola rolando, o Goiânia abriu a contagem com Nonato, em um chute cruzado. Galo 1 a 0.

Goiânia comemora primeiro gol do jogo.

Com o gol, a Jataiense foi ao ataque, em busca do empate. Mas quem teve a melhor chance dos minutos finais foi o Goiânia, em uma cabeçada do próprio Nonato, que exigiu um milagre do goleiro Lauro. E o primeiro tempo terminou com a vantagem mínima do Galo.

Da série "Locais menos conhecidos do estádio": pequeno
depósito perto do banco do Goiânia

O segundo tempo começou com a Jataiense buscando a igualdade. Antes dos quatro minutos, a Raposa teve duas faltas a seu favor próximas à área. Mas não aproveitou as cobranças. E o ímpeto ofensivo do time visitante durou pouco. Logo o Goiânia tratou de equilibrar as coisas.

Jataiense no ataque
Jogador da Jataiense espera descuido do defensor
do Goiânia para tentar invadir a área.

No geral, porém, o nível do jogo caiu no segundo tempo. Somente aos 27 minutos aconteceu um lance que merecesse destaque, com um gol do Goiânia anulado. E, apesar do jogo fraco, a Jataiense chegou ao empate aos 42 minutos, com Michel. E foi só. Resultado final, Goiânia 1x1 Jataiense.

O Goiânia perdeu a chance de ingressar no grupo dos quatro primeiros colocados, que garante no final da primeira fase uma vaga nas semifinais. O Galo terminou a rodada apenas na quinta posição. Já a Jataiense fica junto com o Aparecida na última posição do campeonato, com apenas três pontos. Pouco para o time que manda seus jogos em um dos melhores estádios do interior de Goiás.

Fim de jogo, peguei a BR-153 para voltar a Goiânia e, em seguida, para o hotel. Preparando mais uma cobertura para amanhã.

domingo, 10 de junho de 2012

Nacional vira contra o Atibaia e lidera

E o fim de semana tinha marcado um confronto de líderes no Estádio Nicolau Alayon, na Rua Comendador Souza, onde o Nacional recebeu o Atibaia. As duas equipes começaram a rodada dividindo a liderança do grupo 5 da Segunda Divisão paulista, com vantagem do Nacional apenas por ter marcado um gol a mais que seu adversário. Para ambos, o jogo valeria a liderança isolada, e um importante passo rumo à segunda fase da competição. Assim, certamente esse seria um grande jogo, e eu ainda chegaria ao 182º time da minha lista, com a inclusão do Atibaia na mesma. Assim, no horário marcado, cheguei na casa nacionalina, para ver essa partida. Encontrei no estádio os amigos David e Álvaro, que sempre encontro por lá, e tive a oportunidade de ter ótimas conversas com ambos sobre os jogos que temos visto. Ainda consegui fotografar as duas equipes posadas. Seguem as fotos.
Nacional Atlético Clube.

Sport Club Atibaia.
Após um início de jogo pouco movimentado, o Atibaia abriu a contagem aos oito minutos, em uma saída errada do goleiro nacionalino Carlão. Caio se aproveitou do descuido para abrir o marcador Atibaia 1 a 0.

Atibaia em vantagem.

O Nacional pareceu sentir o gol, e o Atibaia parecia mais perto do segundo gol do que o Nacional do empate. Mas quem chegou ao gol, apenas dez minutos depois, foi o time da casa, em um chute fraco e despretensioso de Ricardo, que o goleiro Luan aceitou. Estava tudo igual novamente.
Tudo igual novamente: Nacional empata.

E, apesar dos esforços dos dois times em busca da vantagem no placar, o primeiro tempo não teve mais muitos eventos dignos de nota, e terminou mesmo com um gol para cada lado.
Disputa de bola, durante o primeiro tempo.
O segundo tempo começou com as duas equipes buscando timidamente o gol. Mas quem acabou achando o caminho das redes foi o time da casa, aos 8 minutos. Victor, de frente para o gol, chutou para fazer 2 a 1 para o Nacional.

Nacional vira o jogo.

Em desvantagem, o Atibaia foi ao ataque, e pressionou em busca de empate. A pressão durou até por volta dos 40 minutos, quando o Nacional inverteu a situação, e pressionou em busca do terceiro gol. Mas as equipes não aproveitaram as chances que tiveram, e o Atibaia teve a chance do empate no último lance. Mas a bola não entrou, e o jogo acabou mesmo com vitória do Nacional por 2 a 1.
Dois momentos da etapa final. Atibaia pressionou durante boa parte do tempo, mas acabou derrotado.

O resultado deixou o Nacional na liderança isolada do Grupo 5, à espera do que o Osasco conseguiria fazer diante do União Suzano - horas depois, o Osasco venceria por 5 a 0 e se igualaria ao time da Capital na liderança. Para o Atibaia, apesar da boa situação do time na tabela, pode ter sido uma derrota pesante, visto que o grupo está bastante equilibrado, e qualquer ponto deixado pelo caminho pode fazer falta depois. Resta saber o que vai acontecer nas próximas quatro rodadas, e quem vai conseguir a vaga para a fase seguinte.
Encerrada a partida, fui para a Estação Água Branca - pelo menos nesse sábado os problemas com a CPTM deram uma trégua - e voltei para o Butantã. No dia seguinte, a viagem de volta para Brasília me esperava.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

No final, Ypiranga bate Ipitanga e lidera

E, no último fim de semana, mais uma vez eu fui respirar novos ares, e aproveitar para ver uma partida de futebol. Dessa vez, o destino foi a belíssima Salvador, primeira Capital brasileira, e Capital da Bahia, estado que tem uma das culturas mais ricas de todo o Brasil. Meu destino dentro da cidade foi o Estádio de Pituaçu, onde se enfrentaram Ypiranga e Ipitanga, em confronto válido pela Segunda Divisão baiana. A despeito da semelhança fonética entre os nomes dos dois times, o confronto reuniu dois opostos. O Ypiranga é famoso por ser o time pelo qual torcia o escritor Jorge Amado, mas sua história não se resume a isso. O time foi campeão baiano por 10 vezes, a maioria nos anos 30, época em que se alternava no topo do pódio com Bahia, Botafogo e Galícia, esses dois últimos também na Segundona baiana atualmente. Mas desde 1951 o time não levanta a taça, tendo vivido desde então até mesmo alguns períodos de inatividade. Agora, o time tentasse reerguer. O Ipitanga, por sua vez, tem uma história bem mais recente, tendo sido fundado em 2003. Os primeiros anos do time foram muitos bons, ganhando o título da Segundona local já em 2004, e fazendo boas campanhas nos dois anos seguintes, chegando a disputar a Série C nacional em 2005. Depois disso, o time foi piorando, e saltando de cidade em cidade, em busca de apoio das prefeituras. Ano passado, o time acabou rebaixado após perder seis pontos pela escalação de um jogador irregular. Atualmente, o Ipitanga vem mandando seus jogos em Terra Nova.

No atual campeonato da Segunda Divisão, as duas equipes, que integram o Grupo 1, vivem situações opostas. O Ypiranga, antes da partida, liderava o grupo, com dez pontos, e está firme na briga pelo acesso. O Ipitanga, ao contrário, somou somente um ponto até aqui, e é último colocado do grupo. Entrou em campo buscando se recuperar a qualquer custo, e vencer essa partida seria fundamental. Os dois clubes são novidades na minha lista, que chega assim a 181 clubes e quatro seleções. Assim, para não perder nenhum lance, peguei um taxi e fui para Pituaçu, para conferir mais essa grande partida. Das arquibancadas, ainda consegui fotografar o time do Ypiranga, que jogou de branco. O Ipitanga não posou.

Jogadores do Ypiranga posados.

Equipes perfiladas para a execução do Hino Nacional.

Fazendo uma campanha melhor que a do seu adversário, era de se esperar que o Ypiranga fosse para cima. E, de fato, assim foi. O time da casa começou o jogo com total domínio, mas errava muitos passes e pecava nas finalizações. Além disso, o ataque se posicionava mal, e por diversas vezes os atacantes do Ypiranga foram pegos em posição de impedimento. O Ipitanga, por sua vez, era totalmente inócuo quando tinha a posse de bola.

Jogador do Ypiranga tenta sair da marcação.

Presença do Ipitanga no ataque, mas o jogador do Ypiranga tem a bola sob controle.

Boa chance para o Ypiranga, que, porém, acabou não se concretizando.

O gol do Ypiranga saiu aos 15 minutos, quando Junior recebeu um passe açucarado, dessa vez em posição legal, e, contando com a falha do goleiro, abriu a contagem. Ypiranga 1 a 0.

Ypiranga na frente.

O time da casa relaxou com o gol, mas ainda assim continuou mais perigoso no ataque. O Ipitanga teve uma boa chance em uma cobrança de falta frontal, que acabou na barreira. Mesmo assim, o mesmo Júnior, 14 minutos depois do primeiro gol, balançou as redes novamente. Ele acertou uma cabeçada cruzada fraca e fez 2 a 0 para o Ypiranga.

Ypiranga 2 a 0.

O jogo continuou na mesma toada, com o Ypiranga cozinhando o galo e sendo pouco ameaçado pelo Ipitanga. Mesmo assim, o time da casa teve chances de marcar o terceiro. Mas o primeiro tempo terminou mesmo sem que os times voltassem a mexer no placar.

Mais dois flashes do primeiro tempo. Ypiranga jogou melhor nesse momento, e teve chances de aumentar.

No segundo tempo, o jogo mudou completamente. O Ipitanga já tinha perdido algumas boas chances, quando, aos 6 minutos, Oton, livre de marcação, diminuiu a diferença. Apenas 2 minutos depois, Baco cobrou falta com perfeição e empatou a partida, para total surpresa (e decepção) dos presentes.

Comemoração do primeiro gol do Ipitanga: uma reação espetacular no começo do segundo tempo.

Depois do gol de empate, o Ypiranga acordou, mas demorou para soltar o freio de mão. Aos 15 minutos Caboré acertou uma bela cabeçada no travessão, perdendo grande chance de colocar o Ypiranga novamente na frente. O jogo ficou parecido com o que foi no primeiro tempo, com o Ypiranga atacando mais e o Ipitanga não conseguindo criar nada.

Jogadores brigam pela bola perto da bandeira de escanteio. O bandeirinha observa a disputa.

No entanto, os deuses do futebol resolveram mostrar sua cara. Aos 43 minutos, pouco depois de o Ipitanga ter perdido duas chances claras de gol - talvez suas únicas chances depois do empate -, o Ypiranga passou novamente à frente. E quis o destino que o mesmo Baco que marcou o gol de empate desviasse de cabeça um cruzamento, jogando a bola contra suas próprias redes e fazendo explodir a torcida do Ypiranga. E, embora ainda houvesse mais alguns minutos de jogo pela frente, nada mais de interessante aconteceu, e o jogo terminou mesmo com a vitória do Ypiranga por 3 a 2. Uma vitória que deixou a torcida feliz, mas muitos torcedores ficaram com a pulga atrás da orelha.

Duas panorâmicas do belo estádio de Pituaçu.

O Ypiranga manteve a dianteira na competição, com 13 pontos. Na sua cola, vêm o Botafogo, com 11, e o Galícia, com 9, mas um jogo a menos. Os três times buscam reviver seus grandes momentos, e ainda terão tempo para mostrar sua força. Certamente as próximas rodadas da Segundona baiana prometem muito. Quanto ao Ipitanga, segue com apenas um ponto, e deve permanecer por mais um ano longe da divisão principal do futebol baiano. Como o regulamento não prevê descenso, caso o time não consiga sair da lanterna do grupo, terá que disputar a Seletiva para a Segunda Divisão em 2013. Muito pouco para um time que já alçou voos bem mais altos.

Encerrado o jogo, peguei um taxi para retornar ao Hotel Villa Bahia, no Centro Histórico de Salvador, onde fui muito bem recebido e tive uma excelente estadia. Recomendadíssimo a qualquer pessoa que queira visitar Salvador, cidade que, aliás, é belíssima e merece ser visitada. No dia seguinte, encarei a viagem de volta à Capital Federal, para mais uma semana que estava para começar.