sábado, 26 de maio de 2012

Brasiliense goleia Aparecidense em amistoso

O fim de semana previa o início dos campeonatos da Série C e D nacionais, mas, infelizmente, uma série de circunstâncias, e as ações de pessoas pouco preocupadas com o futebol, levaram à suspensão dos dois torneios. Para não ficarem parados, Brasiliense e Aparecidense disputaram um amistoso no Estádio Serejão, no último sábado. O Jacaré, após fazer um péssimo Candangão, terminando apenas na quarta posição, viu sua partida contra o Madureira, pela Série C, adiada. A equipe de Aparecida de Goiânia, sexta colocada em um Goianão dominado por Goiás e Atlético, por sua vez, receberia o Ceilândia, pela Série D, e também teve sua partida ser adiada. O curioso é que eu já vi duas partidas em Aparecida de Goiânia neste ano, mas em nenhuma delas a Aparecidense esteve envolvida. Em uma, o Vila Nova goleou o Rio Verde; na outra, o Goianésia ficou no empate com o mesmo Rio Verde. Sem jogos por disputar, restou à dupla se enfrentar amistosamente no estádio de Taguatinga. E, como eu não perco a chance de ver a bola rolando, fui para o estádio ver o que ia acontecer. E, com o Metrô funcionando bem, cheguei ao Serejão uma hora antes do apito inicial.

Resolvi abrir a matéria com essas fotos, que ilustram o péssimo estado de conservação em que se encontram as dependências do Serejão. Enquanto se cuida tão mal de um estádio onde sempre ocorrem jogos importantes, investem-se rios de dinheiro no novo Mané Garrincha, para uma competição que durará somente um mês. Lamentável!

Na verdade, uma hora e 26 minutos antes, pois a Aparecidense chegou atrasada ao Serejão, e o jogo começou 26 minutos depois do horário marcado. Com a bola rolando, a partida começou equilibrada, com as duas equipes se alternando no ataque, mas com pouca eficiência para criar boas chances de gol. Mas demorou pouco tempo para o Jacaré tomar conta do jogo, e passou a criar as primeiras chances realmente perigosas da partida. Mas os atacantes do clube da casa esbarravam no preciosismo e desperdiçavam suas chances.

Ataque do Brasiliense. Jogador da Aparecidense tenta dificultar as ações.

O ímpeto ofensivo do Brasiliense durou pouco. A partir dos 20 minutos, o jogo voltou a ficar equilibrado, com as duas equipes chegando pouco ao ataque. A equipe goiana chegou a criar algumas chances de gol, mas sem grande perigo.

Bola na área, após cobrança de escanteio para o Brasiliense.

E aos 38 minutos, quando o primeiro tempo parecia destinado a terminar sem gols, Baiano abriu a contagem para o Brasiliense, em um chute cruzado, que desviou em Nicolas, enganando o goleiro Wallace. Dois minutos depois, André Luís marcou o segundo, após bela jogada, em que tabelou e driblou o goleiro, marcando 2 a 0 para o Jacaré. E assim terminou a etapa inicial, com o Jacaré vencendo por dois gols.

Antes do início da segunda etapa, o Brasiliense trocou praticamente toda a equipe. Quando a bola rolou, o segundo tempo começou parecido com o primeiro. Um início equilibrado, mas sem grandes chances reais de gol, depois o Brasiliense dominando territorialmente. Mas o jogo foi muito mais frio na etapa final. A segunda etapa serviu mais para as equipes testarem seus reservas (de fato, a Aparecidense trocou vários jogadores no decorrer da etapa final).

Disputa de bola na etapa final.

E, como no primeiro tempo, as emoções ficaram para o final. Aos 38 minutos, Mário, de pênalti, diminuiu para a Aparecidense. Aos 40, Ferrugem, também de pênalti, fez o terceiro do Brasiliense. E, aos 43, Jandson, após cobrança de escanteio, acertou uma bela cabeçada para marcar o quarto do Jacaré e fechar a conta. Final de jogo, Brasiliense 4x1 Aparecidense.

As duas cobranças de pênalti, com diferença de apenas dois minutos entre elas. A imagem ficou meio embaçada porque já estava escuro.

Encerrada a partida, as duas equipes retomam a preparação para disputar as Séries C e D do Brasileiro, ainda sem data certa para entrarem em campo. Coisas do bagunçado futebol brasileiro, e de dirigentes que colocam seus interesses pessoais acima do futebol. Quanto ao jogo, valeu mais pela emoção, especialmente pelo fato de todos os gols terem sido marcados nos dez últimos minutos das duas etapas. As duas equipes ainda estão devendo tecnicamente, como ficou claro por seus desempenhos nos Estaduais, mas resta saber se conseguirão se reforçar o suficiente para fazerem um bom papel no cenário nacional.

A tradicional panorâmica, tirada durante o segundo tempo, para fechar a matéria.

Fim de jogo, fim de mais uma cobertura. Fui para a estação Centro Metropolitano, e rapidamente consegui pegar o Metrô para casa. Esperando para fazer a próxima cobertura.


domingo, 20 de maio de 2012

União Suzano vira no final contra o Nacional

Já fazia quase um ano que não ia à Rua Comendador Souza, casa do Nacional, para ver uma partida com o dono da casa empenhado. Da última vez, havia visto o time cair diante do Guarujá, em partida válida pela Segundona Paulista. Pois no último sábado eu retornei à casa nacionalina, para ver um jogo da equipe da Barra Funda. O adversário da vez era o União Suzano. Como é início de campeonato, ainda era difícil fazer alguma previsão para o jogo. Mas, nas duas primeiras rodadas, o Nacional somou quatro pontos (uma vitória e um empate), enquanto o União Suzano fez duas partidas sem vencedores nem perdedores, e assim somava dois pontos. Seria uma boa oportunidade de ver como as equipes estão esquentando as turbinas nesse início de campeonato. E, para completar, a equipe de Suzano é novidade na minha lista, que agora chega a 179 equipes, mais quatro seleções nacionais. Assim, para não correr riscos, peguei um taxi e fui até o estádio, para acompanhar mais essa grande partida.

Como um homem prevenido vale por dois (inventei essa agora!!!), saí para o estádio duas horas antes do jogo e, mesmo enfrentando congestionamento, consegui chegar ao estádio com uma boa antecedência. Ainda encontrei por lá o pessoal do Jogos Perdidos, da FATV e vários amigos, que me garantiram uma boa conversa sobre futebol durante os noventa minutos de jogo, mais os 15 de intervalo. Então, vamos ao jogo.

O primeiro tempo foi de poucas oportunidades reais de gol para ambos os lados. O time visitante tinha o domínio territorial, mas poucas vezes finalizou com perigo. Atrás do gol para o qual o Nacional atacava, a impressão era de que a bola chegava pouco por lá, e o Nacional desperdiçava as oportunidades que tinha quando a bola chegava lá.

Jogador do União Suzano protege a bola.

Assim, o primeiro tempo terminou mesmo sem abertura de contagem. As emoções pareciam reservadas para a etapa final. Enquanto isso, nas minhas conversas com o pessoal, trocamos muitas figurinhas sobre o futebol alternativo. Muito raro encontrar pessoas com essa disposição para falar do assunto, de modo que espero encontrá-los sempre nos jogos por aí.

Alguns momentos da primeira etapa: ataque e escanteio, ambos do Nacional.

O que faltou de emoções no primeiro tempo, sobrou no segundo. Melhor no jogo, o Nacional abriu a contagem aos 8 minutos, com Tom. A bola, desviada, enganou o goleiro Yuri e foi morrer no fundo das redes, colocando o Nacional em vantagem.

Nacional em vantagem.

A partir daí, o Nacional pressionou, e criou boas chances para matar o jogo. Mas esbarrou na falta de pontaria, e não conseguiu chegar ao segundo. O time de Suzano parecia acuado, e se limitava a se defender. O jogo parecia se encaminhar para uma vitória nacionalina tranquila.

Jogador do Nacional tenta sair para o ataque. Time dominou na segunda etapa.

Mas, de repente, os deuses do futebol resolveram dar as caras no estádio. Aos 37 minutos, quando tudo parecia já definido, Pedro empatou o jogo para o União Suzano. E, enquanto a torcida nacionalina ainda lamentava o gol sofrido, Filipe, aos 42 minutos, virou o jogo para a equipe visitante.

As imagens das duas comemorações se confundem: em cinco minutos, a virada do União Suzano.

E foi só. O Nacional não conseguiu criar mais nada, e o União Suzano só segurou o resultado. Final de jogo, Nacional 1x2 União Suzano. Com a derrota, o Nacional caiu para a quarta colocação, sendo ultrapassado pelo próprio União Suzano, e também por Atibaia e Osasco - este último com o mesmo número de pontos, mas com um gol de saldo. A equipe de Suzano, por sua vez, soma cinco pontos, assim como o líder Atibaia, mas tem um saldo inferior. Apenas o começo de um campeonato que promete.

Fim de jogo, hora de me despedir dos amigos, e ir embora. Ainda fui ao Pacaembu, para acompanhar Palmeiras x Portuguesa, mas não cheguei a preparar nada para postar aqui. Depois disso, hora de ir embora, e preparar as malas para a viagem de volta.


segunda-feira, 7 de maio de 2012

Comercial goleia Piauí e se mantém na cola dos líderes

E o Campo de Terra desbrava mais uma fronteira. No último fim de semana, fui a Teresina, para, pela primeira vez, ver uma partida do Campeonato Piauiense. Assim, após chegar à capital do Piauí no final da noite de sexta-feira, fui no sábado ao Estádio Lindolfo Monteiro, onde se enfrentaram Piauí e Comercial. O Piauí, time da capital Teresina, é conhecido pelo curioso apelido de Enxuga Rato, e já levantou a taça por cinco vezes: conquistou um tetracampeonato estadual de 1966 a 1969, e foi campeão novamente em 1985. O Comercial, por sua vez, tem sua sede na cidade de Campo Maior, e, embora tenha 67 anos de idade, é um time relativamente novo na galeria dos campeões estaduais, tendo conquistado seu primeiro e até aqui único título em 2010, quando levou a taça para a cidade pela primeira vez, já que o outro time de Campo Maior, o Caiçara, nunca se sagrou campeão. Os dois times são novidades na minha lista, que agora chega a 178 clubes e quatro seleções. No atual campeonato, a fase do Comercial é melhor, visto que o time, com sete pontos em quatro jogos, chegou a essa rodada em terceiro lugar, rigorosamente empatado com o Flamengo. O Piauí ocupava a lanterna, com apenas um ponto nos mesmos quatro jogos, e precisava desesperadamente da vitória. Será que era o dia da recuperação do Enxuga Rato, ou o Comercial daria sequência à sua boa campanha? Para conferir de perto, cheguei ao estádio e, na hora marcada, já estava a postos para essa grande partida.

Não deu nem tempo de as equipes começarem a se estudar. Eram jogados apenas três minutos quando Cleiton cobrou pênalti com categoria, marcando 1 a 0 para o Comercial.

De pênalti, o Comercial abre a contagem.

Depois do gol, a equipe de Campo Maior continuou melhor no jogo. Atacava mais, e levava mais perigo em seus ataques do que o Enxuga Rato em suas esporádicas chegadas. Somente depois dos 15 minutos o Piauí conseguiu equilibrar as ações, e chegou a criar algumas chances perigosas.

Jogadores do Comercial (de azul) tentam impedir a chegada do Piauí.

No entanto, foi justamente quando o Piauí criava as melhores chances que o Comercial chegou ao segundo, com Barata, que, aos 28 minutos, fez uma bela jogada individual, driblando até o goleiro para marcar o segundo da equipe de Campo Maior. Depois disso, o único lance que merece destaque foi um golaço do Piauí corretamente anulado por impedimento. As equipes foram para os vestiários com a vitória parcial do Comercial por 2 a 0.

Piauí tenta ir ao ataque.

O Piauí começou o segundo tempo no ataque, dando a impressão de que poderia diminuir a diferença. Mas, aos 4 minutos, foi o Comercial que chegou ao terceiro gol, com um chute cruzado de Zé Rodrigues.

E a história parecia querer se repetir. O Piauí continuava atacando mais, mas desperdiçava suas chances. E, aos 18 minutos, o Enxuga Rato acabou novamente sendo castigado. Zé Rodrigues, novamente ele, marcou um golaço, tocando por cima do goleiro, que estava adiantado. Comercial 4 a 0.

De tanto insistir, o Piauí diminuiu. Aos 26 minutos, Boiadeiro, sem marcação, cabeceou fraco e fez o gol do Enxuga Rato, dando esperanças à torcida.

Panorâmica do estádio no segundo tempo, já com o céu escuro. Ao fundo, a lua cheia, em dia em que apareceu no céu maior que de costume.

Mas, apesar de todo ânimo da torcida, o Piauí pecou muito nas finalizações, e o Comercial ficou só esperando o tempo passar. Só deu tempo para o Comercial ter um pênalti a seu favor, após um contra-ataque já nos acréscimos. E o jogo terminou como começou, com um gol de pênalti do Comercial, dessa vez marcado por Zé Rodrigues - o terceiro dele no jogo. Final, Comercial 5-1 Piauí.

Com o resultado, aliado à derrota do Flamengo para o 4 de julho, em Piripiri, o Comercial se isolou no terceiro lugar, com dez pontos. O Piauí segue em último lugar, com apenas um ponto. Mas os times ainda têm nove rodadas para fazerem valer suas boas campanhas ou para se recuperarem do mau começo. Grandes emoções vêm aí.

Fim de jogo, hora de descansar. Depois de jantar no Shopping Riverside, voltei ao Hotel Palácio do Rio, onde me hospedei e onde fui muito bem recebido. Aliás, fui muito recebido por todos os que encontrei na cidade, o que me motiva a um dia voltar para lá, para mais uma cobertura, ou mesmo para um belo passeio.


quinta-feira, 3 de maio de 2012

Empate contra o Capital coloca Sobradinho na final do 2º turno

Uma tarde de quinta-feira é um horário um tanto inusitado para uma partida de futebol, ainda mais se for uma partida decisiva. Mas a Federação Brasiliense achou que esse seria um bom horário para marcar a semifinal do segundo turno do Candangão, entre Sobradinho e Capital, no Estádio Augustinho Lima. A partida valia a vaga na decisão do returno, com o Sobradinho precisando apenas de um empate. Pela campanha na primeira fase, o time da casa era teoricamente o favorito, mas nunca seria demais lembrar que na primeira fase, no mesmo Augustinho Lima, as duas equipes estrearam no Candangão com o Capital arrancando uma surpreendente vitória por 2 a 0 sobre o Leão da Serra. Por isso, somente o jogo dentro das quatro linhas daria a resposta final. Quem saísse dessa partida jogaria a decisão do returno contra o Ceilândia, e quem saísse dessa decisão enfrentaria o Luziânia, campeão do primeiro turno, na grande final do Candangão-2012. Sabendo do grande jogo que seria, fui para o estádio da bela cidade serrana de Sobradinho, para ver o que ia acontecer. Cheguei cedo, e ainda consegui fotografar as duas equipes posadas. Eis as fotos.

Equipe do Sobradinho.

Equipe do Capital.

Com a bola rolando, as duas equipes adotaram uma postura mais defensiva. Mesmo assim, várias boas chances de gol foram criadas. O Capital, a quem só interessava a vitória, não aceitou a condição de azarão, e, mesmo sem atacar muito, também criou boas chances.

Jogador do Sobradinho tenta ganhar a bola.

A partir dos 20 minutos, o Capital resolveu ousar um pouco mais, e criou algumas boas chances, enquanto o Sobradinho aproveitou os espaços deixados pela equipe visitante para explorar os contra-ataques. E, aos 29 minutos, o Capital finalmente abriu a contagem. Lucas Ferreira aproveitou rebote do goleiro Osmair para marcar 1 a 0 para o time visitante.

Comemoração do gol do Capital.

Em desvantagem, o Sobradinho foi para o ataque, enquanto o Capital recuou. Mas a equipe visitante soube se defender bem, e ainda levou perigo em contra-ataques. E, assim, o Capital foi para os vestiários com a vantagem mínima.

Jogador do Sobradinho protege a bola.

No segundo tempo, como esperado, o Sobradinho foi para cima, em busca do empate. E a situação do Capital se complicou aos 8 minutos, quando Arthur foi expulso por reclamação.

Após cobrança de escanteio, boa chance para o Leão da Serra.

O Sobradinho pressionava, mas o gol demorava a sair.

E, como era de se esperar, o jogo passou a ser do ataque do Sobradinho contra a defesa do Capital. Mas o empate do Sobradinho só veio aos 30 minutos, com Johnes. Tudo igual de novo, 1 a 1.

Sobradinho comemora o gol de empate.

Embora o empate já classificasse o Sobradinho, o time continuou criando boas chances para virar o jogo, enquanto o Capital parecia entregue. Mas, aos 40 minutos, a equipe visitante assustou, com uma cobrança de falta que carimbou a trave. Nos acréscimos, um momento curioso: em uma falta para o Capital na intermediária, o goleiro Arthur Sérgio, ao invés de ir para a área cabecear, foi cobrar a falta. E, apesar de o lance decorrente da cobrança ter assustado, o jogo terminou mesmo empatado em 1 a 1.

O resultado colocou o Sobradinho na grande decisão do 2º turno do Candangão, contra o Ceilândia. As duas equipes se enfrentam no próximo domingo, também em jogo único, no Augustinho Lima. Quem se classificar - o Sobradinho tem a vantagem do empate - decide o campeonato contra o Luziânia, campeão do 1º turno. Uma reta final que promete. O Sobradinho, que não levanta a taça desde 1986, quer reviver seus dias de glória, e trazer de novo a taça para a cidade serrana. O Ceilândia quer repetir a conquista de dois anos atrás, quando venceu o Brasiliense e inscreveu seu nome na galeira dos campeões candangos. E o Luziânia quer fazer história, tornando-se o primeiro clube goiano a ser campeão do Distrito Federal. Agora, resta esperar pelos grandes jogos que virão.

Fim de jogo, tomei o caminho de casa, para descansar e me preparar para a sexta-feira que vinha chegando.