domingo, 23 de dezembro de 2012

Retrospectiva - parte 2

Para manter os motores aquecidos, enquanto espero os jogos que 2013 trará, trago aqui mais alguns jogos que vi in loco em 2012, e que relatei no Campo de Terra:

1. Juventus 4x0 Taubaté (jogo 557, em 03/03/2012) - A Rua Javari é parada obrigatória não só para os fãs de futebol alternativo, mas para qualquer pessoa que realmente goste de futebol. Por isso, claro que eu reservei algumas datas em 2012 para ver alguns jogos na cancha juventina. Um desses jogos foi esse, em que o Moleque Travesso recebeu o Burro da Central. Apesar de o placar indicar um massacre juventino, a história do jogo foi bem diferente. O Juventus sustentou um magro 1 a 0 até os 30 minutos da etapa final. Depois disso, a equipe do Vale do Paraíba, com nove homens em campo, pouco pôde fazer para impedir o time da casa de chegar aos gols. O resultado fez parte da campanha que levou o Moleque Travesso de volta à Série A2. Quanto ao Taubaté, o time chegou a essa rodada bastante ameaçado pelo descenso. Mas, a partir daí, conseguiu vários bons resultados, que não foram suficientes para garantir a vaga na segunda fase, mas deixaram o Burro da Central bem longe do descenso.



2. Ceilândia 3x2 Cene (jogo 583, em 01/07/2012) - Nessa tarde de domingo, o Abadião viu um jogo emocionante, pelo Campeonato Brasileiro da Série D. Por duas vezes, o time sul-matogrossense esteve em vantagem no marcador, mas os campeões do DF, na raça, foram buscar o resultado e ficaram com os três pontos. Um grande jogo, em que as duas equipes brigaram muito pela vitória.



2. São Vicente 2x0 Jaboticabal (jogo 596, em 26/08/2012) - Aproveitar uma manhã de domingo para conhecer um estádio e ver mais dois times que eu nunca anes havia visto in loco. Melhor ainda quando esse estádio fica na bela São Vicente. Foi lá, no Mansueto Pierotti, que vi o São Vicente fazer 2 a 0 no Jaboticabal, e dar um passo importantíssimo rumo à Série A3 paulista. Pela paixão mostrada pelos torcedores presentes, o time tem muitas condições de ir ainda mais longe.



quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Balanço de 2012

O ano vai se aproximando de seu final, e acredito que não verei mais nenhum jogo in loco neste ano. É chegada a hora de fazer o tradicional balanço de jogos vistos em 2012, e estatísticas sobre os jogos em questão.

Este ano, pela segunda vez seguida, vi mais jogos fora de Brasília do que na própria Capital Federal. Brasília ainda é a cidade onde vi mais jogos, mas a soma dos jogos vistos em outras cidades já deixa a Capital longe. E, pela primeira vez desde o distante 1994, o estádio que frequentei por mais vezes está localizado fora da Capital Federal. Bom, vamos aos números, que eles falam por si só.

Total de jogos: 66
Gols: 180 (média de 2,73 gols por partida)

Jogos por cidade:

Brasília: 24
São Paulo: 18
Aparecida de Goiânia: 4
Goiânia: 4
Anápolis: 2
Barueri: 1
Caldas Novas: 1
Campinas: 1
Guarujá: 1
Luziânia: 1
Mesquita: 1
Ribeirão Preto: 1
Salvador: 1
Senador Canedo: 1
São José dos Campos: 1
São Vicente: 1
Teresina: 1
Trindade: 1
Turim: 1

Jogos fora de Brasília: 42

Jogos por estádio:

Pacaembu (São Paulo): 11
Serejão (Brasília): 9
Augustinho Lima (Brasília): 6
Comendador Souza (São Paulo): 4
Anníbal B. Toledo (Aparecida de Goiânia): 4
Abadião(Brasília): 3
Bezerrão (Brasília): 3
Rua Javari (São Paulo): 3
Serra Dourada (Goiânia): 3
Cave (Brasília): 2
Jonas Duarte (Anápolis): 2
Adonir Guimarães (Brasília): 1
Hailé Pinheiro (Goiânia): 1
Arena Barueri (Barueri): 1
Serra de Caldas (Caldas Novas): 1
Moisés Lucarelli (Campinas): 1
Antônio Fernandes (Guarujá): 1
Serra do Lago (Luziânia): 1
Édson Passos (Mesquita): 1
Santa Cruz (Ribeirão Preto): 1
Pituaçu (Salvador): 1
Plínio José de Souza (Senador Canedo): 1
Martins Pereira (São José dos Campos): 1
Mansueto Pierotti (São Vicente): 1
Lindolfo Monteiro (Teresina): 1
Abrão M. da Costa (Trindade): 1
Juventus Stadium (Turim): 1

Observação: os estádios sublinhados são aqueles a que fui ver um jogo pela primeira vez em 2012.

Total de estádios: 27
Estádios conhecidos em 2012: 12
Total de estádios conhecidos: 47

Novos times para a minha lista:

01. Ajax-HOL
02. Morrinhos-GO
03. Rio Verde-GO
04. Comercial-SP
05. URT-MG
06. Taubaté-SP
07. Goianésia-GO
08. Mirassol-SP
09. Red Bull-SP
10. Ferroviária-SP
11. Capivariano-SP
12. Atlético Sorocaba-SP
13. Piauí-PI
14. Comercial-PI
15. União Suzano-SP
16. Ypiranga-BA
17. Ipitanga-BA
18. Atibaia-SP
19. Jataiense-GO
20. Trindade-GO
21. Manthiqueira-SP
22. Grêmio Osasco-SP
23. São Vicente-SP
24. Jaboticabal-SP
25. São Bento-SP
26. Joseense-SP
27. Sumaré-SP
28. América-RJ
29. Bangu-RJ
30. Chievo-ITA
31. Caldas Novas-GO
32. Canedense-GO
33. Millonarios-COL
34. Universidad Católica-CHI
35. Evangélica-GO
36. Umuarama-GO

Minha lista de times vistos ao vivo tem agora 200 clubes, sendo 185 brasileiros e 15 estrangeiros, e 4 seleções nacionais.

Jogos por competição:

Campeonato Brasileiro: 16
- Série A: 7
- Série C: 3
- Série D: 6

Campeonato Paulista: 15
- Série A1: 6
- Série A2: 2
- Série A3: 2
- Série B: 5

Campeonato Brasiliense: 12
- Série A: 10
- Série B: 2

Campeonato Goiano: 9
- Série A: 4
- Série B: 2
- Série C: 3

Campeonato Baiano: 1
- Série B: 1

Campeonato Italiano: 1
- Série A: 1

Campeonato Piauiense: 1

Copa Sul-Americana: 2

Copa Paulista: 2

Copa Rio: 1

Copa do Brasil: 1

Amistosos: 5

Total de gols por jogo:

0 gol: 6
1 gol: 8
2 gols: 14
3 gols: 20
4 gols: 10
5 gols: 5
6 gols: 2
7 gols: 1

Diferença de gols:

0 gol: 15
1 gol: 28
2 gols: 12
3 gols: 5
4 gols: 5
5 gols: 1

Placares:

2x1: 16
1x0: 8
2x0: 7
1x1: 7
0x0: 6
4x0: 4
3x0: 4
3x2: 4
3x1: 4
2x2: 2
6x1: 1
5x1: 1
4x1: 1
4x2: 1

Jogos por dia de semana:

Domingo: 18
Segunda-feira: 1
Terça-feira: 1
Quarta-feira: 6
Quinta-feira: 1
Sexta-feira: 3
Sábado: 36

Salvo algum jogo totalmente imprevisto, esse é o meu resumo de 2012. Essas informações, com mais detalhes, podem ser vistas no menu "Meus jogos e times" ao lado. O ano de 2013 traz algumas promessas para a lista, com a Copa das Confederações: a grande ideia é ver in loco a seleção do Taiti. Vamos ver se dá certo, por ora é só uma ideia, mas quem sabe. Enfim, é isso.


segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Bahia bate Atlético Goianiense e permanece na Série A em 2013

O Brasileirão de 2012 chegou à sua última rodada com praticamente todas as suas sentenças já definidas. Faltavam apenas algumas definiçoes na zona de classificação para a Copa Sulamericana - na última temporada com o atual critério de definição das vagas - e na zona de rebaixamento. Talvez por isso a rodada final não tenha despertado tanto a atenção das torcidas. Mas nem por isso deixamos de ir ao estádio para prestigiar uma das partidas que fechariam a competição. Assim, fui ver a única partida disputada entre clubes de diferentes regiões do Brasil, que foi o jogo entre Atlético Goianiense e Bahia. A partida valia mais para o Tricolor da Boa Terra, que buscava afastar uma remota possibilidade de rebaixamento. Um empate garantiria o time na Série A em 2013. O Dragão apenas cumpria tabela, pois já estava rebaixado, e fazia uma melancólica partida de despedida da elite. Para ver o que ia acontecer, peguei a estrada, e fui para o Serra Dourada.

O jogo começou com boas chances para ambos os lados. O Dragão começou o jogo mostrando que não aceitava o papel de coadjuvante, e logo aos três minutos Rayllan perdeu uma grande chance, cara a cara com o goleiro tricolor. Depois do susto, o Bahia melhorou no jogo, e criou as melhores chances. Mas pecava nas finalizações. O Dragão chegou várias vezes com perigo nos contra-ataques.

Jogador do Dragão protege a bola.

Apesar do lastimável estado do gramado, o jogo era bom. O Bahia foi melhor durante todo o primeiro tempo, e o time da casa, depois de algum tempo de inoperância ofensiva, voltou ao jogo por volta dos 20 minutos, criando algumas boas chances. O jogo, a partir daí, ficou bom, com as duas equipes buscando o ataque, embora as chegadas da equipe soteropolitana fossem mais perigosas.

Bahia no ataque.

Mas a disposição das duas equipes não foi suficiente para mexer no placar no primeiro tempo. Tricolor e Dragão foram para o intervalo com o zero a zero no placar.

No segundo tempo, o Atlético desanimou, e o Bahia começou atacando mais. No entanto, a marca da segunda etapa foi a capacidade incrível dos dois times de desperdiçarem bisonhamente as chances criadas, e de cometerem erros diversos. E, depois dos primeiros minutos em que o Tricolor da Boa Terra parecia decidido a buscar o gol, o jogo foi horroroso em todo o restante da etapa final, e somente o anúncio do primeiro gol do Náutico diante do Sport, que salvava o Bahia da degola, animou a torcida presente.

Novamente, bola na área em ataque do Bahia.

Somente aos 44 minutos, Rafael salvou o jogo de um 0 a 0 que ilustraria melhor o que foi a partida no segundo tempo. Em uma falha do zagueiro Gustavo, que recuou mal para o goleiro Márcio, a bola sobrou livre para o jogador do time baiano, que abriu a contagem. E aí foi só esperar o apito final. Atlético Goianiense 0-1 Bahia, placar final.

No final, o Dragão mantém a esperança.

O resultado salvou o Bahia do rebaixamento. Muito pouco para um time que tem uma torcida tão apaixonada como o Tricolor da Boa Terra, e que certamente tem todas as condições de brigar por algo maior. O Atlético, por sua vez, se despede da Série A. Para a torcida, e para todo o Centro-Oeste, fica a esperança de que essa despedida seja apenas um até logo. O Dragão tem todas as condições de se reerguer dessa temporada desastrosa, e voltar à divisão principal do futebol brasileiro.

Encerrado o jogo e o Campeonato Brasileiro, fui para o merecido descanso para, na segunda-feira, pegar a estrada e voltar para Brasília.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Retrospectiva: As coberturas inesquecíveis de 2012

E 2012 vai chegando ao fim. Pode até ser que eu ainda faça mais alguma cobertura de jogo por aqui, mas sabemos que nessa época os jogos começam a rarear, e só voltaremos com força total em 2013. Mas ainda assim, acho que este foi um ano em que posso me orgulhar do que tenho feito aqui no Campo de Terra. Acho que fiz várias coberturas memoráveis aqui, viajei o Brasil todo (e até o Exterior) em busca de bons jogos para ver, enfim, foi um grande ano para o Campo de Terra.
Para não ficar parado por muito tempo, resolvi fazer uma retrospectiva de algumas coberturas que considero realmene inesquecíveis. Às vezes, não é nem o jogo em questão que foi inesquecível, mas sim o quanto aquele jogo foi marcante para mim, o que eu fiz para conseguir ver o jogo, o que esse jogo me acrescentou, essas coisas. Enfim, vamos à lista - que organizei por ordem cronológica:

1. Palmeiras 1x0 Ajax (jogo 546, em 14/01/2012) - Até os anos 80, era comum vermos tanto equipes brasileiras excursionando pela Europa quanto grandes clubes europeus se exibindo em solo brasileiro. Quem viveu até essa época certamente lembra do grande time do Torino dos anos 40 jogando em solo brasileiro, ou as duas edições da Taça Rio, nos anos 50, ou os diversos clubes do Velho Continente que vinham para cá medir forças com o Santos de Pelé - e, da mesma forma, quantos clubes brasileiros disputaram torneios na Europa. Mas, infelizmente, o tal "futebol moderno" reduziu muito a quantidade de datas disponíveis, e, com exceção das finais de Mundial Interclubes, é muito raro termos um confronto entre um clube sul-americano e um europeu, e mais raro ainda esse confronto ser em solo brasileiro. Pois, nessa tarde de sábado, abriu-se uma exceção, e o Ajax, que fazia uma intertemporada em solo paulista, mediu forças com o Palmeiras. Não tinha como eu deixar de ver um jogo desses. E, quando a bola rolou, ela demorou mais de 90 minutos para estufar as redes, e somente no último lance da partida, Pedro Carmona fez o gol da vitória palmeirense. Um desfecho emocionante. Infelizmente, para os palmeirenses, o time da maior parte da temporada que se iniciava não repetiu a atuação daquela tarde, e o Palmeiras jogará a Série B em 2013. Que fique a lição.



2. Botafogo 1x2 Comercial (jogo 549, em 28/01/2012) - Esse deveria ser hors-concours. Depois de longos 26 anos, o maior clássico de Ribeirão Preto voltava a ser jogado pela principal divisão paulista. E eu tive o privilégio de vê-lo in loco. Foi um jogo que, se não teve um nível técnico excepcional, certamente trouxe emoções aos seus expectadores. O Botafogo saiu na frente, o Comercial empatou, o Botafogo perdeu um pênalti e o Comercial virou pouco depois. Infelizmente, com o rebaixamento do Comercial, esse clássico não se repetirá na elite em 2013. Torcida total para que o Comercial consiga o acesso em 2012, e tenhamos a volta do Come-Fogo em 2014.



3. Gama 1x2 Sobradinho (jogo 554, em 17/02/2012) - Outro clássico que voltou a acontecer depois de longa espera. Gama e Sobradinho reúnem as duas maiores torcidas entre os clubes do Distrito Federal. Mas havia muito tempo que o Leão da Serra perambulava pelas divisões inferiores do futebol candango. E o alvinegro voltou à elite em grande estilo, vencendo o clássico por 2 a 1, de virada, em pleno Bezerrão, e em plena sexta-feira de Carnaval. Apenas a primeira de muitas vitórias, que levariam o Sobradinho ao terceiro lugar do campeonato. Novos tempos de alegria para a torcida serrana?



4. Piauí 1x5 Comercial (jogo 573, em 05/05/2012) - Ver um jogo no Piauí era um projeto antigo. Até que, um dia, eu resolvi parar de "deixar para depois", e fui até Teresina. O jogo entre Piauí e Comercial, pelo Campeonato Piauiense, foi o pretexto que eu escolhi para ir a Teresina, uma cidade que me encantou. No campo, o Comercial era favorito absoluto, pois brigava pela liderança enquanto seu adversário era o lanterna da competição, e, de fato, o time de Campo Maior ratificou seu favoritismo, com uma goleada. Mas, curiosamente, depois desse jogo, o Comercial entrou em decadência, enquanto o Enxuga Rato (apelido pelo qual o Piauí é conhecido) se recuperou, e esteve perto até mesmo de se classificar para a segunda fase.



5. Nacional 1x2 União Suzano (jogo 574, em 19/05/2012) - O que me marcou nesse jogo não foi exatamente a possibilidade de incluir o USAC na minha lista de times vistos ao vivo, e nem a espetacular virada do mesmo time nos minutos finais. A melhor coisa desse dia foi encontrar diversas pessoas que, embora tenha encontrado pessoalmente poucas vezes, considero grandes amigos, e de quem sou um verdadeiro fã. Lá estava o pessoal do Jogos Perdidos, do FATV, e muita gente boa que marca presença nos estádios nesses jogos. Uma grande alegria encontrar esse pessoal. No mais, vale registrar que o jogo concorreu com a badaladíssima final da Champions League. Mais um caso de "concorrência desleal vencida": troquei a televisão pelo estádio. Não há nem nunca vai haver comparação.



6. Ypiranga 3x2 Ipitanga (jogo 577, em 02/06/2012) - O Ypiranga de Salvador, um dos mais tradicionais times baianos, que teve entre seus torcedores o ilustre escritor Jorge Amado, era um antigo "sonho de consumo". Um fim de semana na belíssima Salvador, com direito a passeios pelo Pelourinho, Elevador Lacerda e Mercado Modelo, e o sonho de consumo foi realizado. E, para coroar, um jogo emocionante, onde o Mais Querido, que era o grande favorito, abriu 2 a 0, sofreu o empate e venceu com um gol no apagar das luzes. Pena o time não ter conseguido o acesso, que fica para 2013 - o lado bom é que o Botafogo, outro time tradicional da Bahia, vai disputar a elite em 2013.



7. Sobradinho 0x0 Crac (jogo 584, em 04/07/2012) - Não tanto pelo jogo em si, mas pela outra "concorrência desleal vencida". O jogo ocorreu na noite de 4 de julho, mesmo dia da final da Copa Libertadores. Porém, assim como eu havia feito na final da Champions League, deixei a televisão de lado e fui para o estádio. Cada um tem seu gosto, e este deve ser respeitado, mas quem vai para o estádio sabe que jogo visto ao vivo tem outra emoção.



8. Guarujá 2x1 Manthiqueira (jogo 592, em 05/08/2012) - Confesso que, até hoje, ainda sinto uma emoção diferente ao ver as fotos dessa cobertura, e por vezes até já sonhei com essas fotos. Conhecer o estádio Antônio Fernandes, no Guarujá, era um projeto antigo, tanto pelas boas lembranças da minha infância e adolescência naquela cidade, quanto por todas as imagens que eu já havia visto do estádio (aquela "floresta" atrás do campo sempre me fascinou). Pena que, por ser um dia de chuva, e por eu ter pressa para chegar à capital e pegar o voo de volta para Brasília, só tive o tempo de ver o jogo e voltar, não podendo passear pela cidade. Fica para outra ocasião.



9. Planaltina de Goiás 1x2 Cruzeiro-DF (jogo 600, em 07/09/2012) - O jogo 600. Basta dizer isso.



10. América 1x2 Bangu (jogo 601, em 08/09/2012) - Tanto América quanto Bangu eram "sonhos de consumo" antigos, porém todas as viagens que eu planejava ou marcava para ver um dos dois acabava "furando". Quis o destino que eu fosse ao Rio para ver os dois times em campo juntos, em um jogo em que o América saiu na frente e sofreu a virada. Foi muito legal ver que o América, ainda que há anos longe das glórias, ainda desperta paixões.



11. Juventus 2x0 Chievo (jogo 602, em 22/09/2012) - O que falar? Primeira cobertura do Campo de Terra fora do Brasil, no belíssimo Juventus Stadium. Mesmo saindo um pouco da linha editorial do Campo de Terra, foi uma cobertura marcante, e inesquecível.



12. Caldas Novas 4x0 Canedense (jogo 603, em 29/09/2012) - Muitos psiquiatras que lessem a matéria desse jogo iam pedir minha internação urgente. "Como assim, Raul? Tanta gente vai para Caldas Novas para ver o Caldas Country, outros para aproveitar as piscinas naturalmente aquecidas, e você vai para ver futebol?". Para mim, é motivo de orgulho ler e ouvir esse tipo de comentário, ser muito normal, ser igual a todo o mundo, não tem graça. E, enquanto os outros falavam, eu curtia um belíssimo jogo de futebol, com uma goleada do time da casa, que se sagraria campeão da competição. Aproveitava, ainda, a ocasião para conhecer a bela cidade - e, sim, tomar um banho de piscina água quente à noite, no hotel.



Enfim, por alguma razão especial, esses foram os jogos que mais me marcaram em 2012. Claro que todos os demais jogos que eu vi me marcaram de alguma forma, e é difícil escolher alguns jogos sem ser injusto com os demais. Mas ver tantos jogos marcantes é sinal de que o meu ano, pelo menos no que diz respeito ao futebol e ao Campo de Terra, valeu muito a pena (nas demais áreas também, eu garanto. rsrsrs!!!). Ainda devo fazer mais uma cobertura neste ano, mas, se não o fizer, fica aqui a certeza do dever cumprido, e a promessa de continuar a fazer o melhor possível em 2013, inclusive corrigindo aquelas coisas que não ficaram como eu esperava.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

No jogo do "time 200", Canedense bate Umuarama

Cumprida a primeira parte da missão de acompanhar uma rodada dupla pela Terceirona goiana, e após um bom almoço para recuperar as forças, tomei o rumo de Senador Canedo, para um jogo que marcaria a minha história nos estádios. Afinal, o Umuarama, time da cidade de Iporá, se tornou o 200º time que eu vi ao vivo. Lista essa que, aliás, ganhou, até agora, 36 novos integrantes em 2012. E olha que não consegui incluir nenhum clube por meio das Séries C e D, nem da Copa do Brasil, competições que, tradicionalmente, são uma importante fonte de novos clubes para a lista. Assim, eu só tinha motivos para estar contente. Mas, voltando ao jogo, o adversário do Umuarama era a Canedense, time da cidade. E os visitantes chegaram ao Estádio Plínio José de Souza como favoritos, uma vez que lideravam a competição, com 21 pontos. A Canedense, por sua vez, após um mau começo, se recuperou e conseguiu algumas vitórias, mas ocupa apenas a sexta colocação, com onze pontos. Vencer era fundamental para as pretensões do time da casa, e para dar mais tranquilidade aos visitantes.


Canedense e Umuarama, respectivamente, posados. Da arquibancada, foi o melhor que consegui.

Precisando dos três pontos, a Canedense começou o jogo atacando mais, e criando boas chances de abrir a contagem. Mas depois de alguns minutos o time da casa diminuiu o ritmo. A partir daí, o Umuarama passou a criar algumas chances, mas as reais ocasiões de gol, para ambos os lados, eram esporádicas.

Umuarama ataca pela direita.

Aos 21 minutos, o time de Iporá teve a melhor chance do jogo até então. Em cobrança de falta ensaiada, a bola carimbou o travessão. No rebote, o goleiro defendeu. O lance animou o Umuarama, que passou a criar as melhores chances. O time da casa respondeu, e o jogo ficou muito bom.

Bola na área do Umuarama, com a bela vista da serra ao fundo.

Um jogo desses não ia mesmo ficar sem gols. E o placar foi aberto com um golaço. Paulinho entrou pelo meio, driblou um zagueiro do Umuarama e, cara a cara com o goleiro, chutou para fazer 1 a 0 para a Canedense. Isso aos 36 minutos de jogo.

O jogo continuou bom nos minutos finais da primeira etapa. Mas, mesmo assim, não houve mais mudanças no placar, e a Canedense foi para o intervalo vencendo por 1 a 0.

O segundo tempo começou com um ritmo bem mais lento. Mas, no primeiro lance de perigo, a Canedense aumentou a diferença. Dian acertou um chute de fora da área que encobriu o goleiro. Um golaço, para fazer 2 a 0 para a Canedense.

Canedense comemora segundo gol.

Com a boa vantagem, a Canedense recuou, e o Umuarama passou a atacar mais, mas a defesa do time da casa conseguia manter o perigo distante, e às vezes até conseguia criar chances em contra-ataques. E a situação do time visitante ficou mais complicada quando Gustavão fez falta dura e foi convidado a se retirar.

Briga pela bola no meio de campo.

Mesmo assim, o Umuarama continuou pressionando, e acabou diminuindo a diferença. O da equipe de Iporá veio aos 35 minutos, em cobrança de pênalti de Rodrigo Alves.

A bola entra no alto: time visitante respira.

Depois disso, o Umuarama pressionou, e a Canedense ganhou todo o tempo que pôde. E o time da casa acabou sendo bem-sucedido na sua batalha por não levar o gol de empate. O jogo terminou mesmo com a vitória da Canedense por 2 a 1.

O resultado acabou tirando o Umuarama não só da liderança, mas também da zona de acesso: Quirinópolis e Caldas Novas, este último após vencer o clássico da cidade, contra o Caldas, já na segunda-feira, deixaram a equipe de Iporá para trás. Porém, ainda é de apenas dois pontos a vantagem do Quirinópolis sobre o Umuarama. A Canedense chegou ao quarto lugar, mas ainda tem uma desvantagem de sete pontos em relação aos três primeiros colocados, de modo que o acesso ainda é um sonho distante.

Agora sim, minha jornada estava completa. Hora de fazer um bom jantar no Goiânia Shopping e descansar para pegar o caminho de volta no dia seguinte.

Monte Cristo surpreende e empata com Evangélica

De vez em quando, é bom respirar outros ares. E foi o que eu fiz no último fim de semana. Depois de, no sábado, pegar a BR-060, também conhecida como Rodovia Governador Henrique Santillo, e me dirigir a Goiânia, aproveitei o domingo para fazer uma rodada dupla na Grande Goiânia, com jogos pela Terceira Divisão do Estado. O primeiro encontro dessa rodada dupla foi realizado em Aparecida de Goiânia, no estádio Aníbal Batista de Toledo, e envolveu Monte Cristo e Evangélica, de Paraúna. Embora a equipe visitante realizasse uma campanha apenas mediana, tendo somado 12 pontos e ocupando a quarta posição antes do início da rodada, ainda assim chegou a esse jogo com amplo favoritismo, uma vez que a equipe da Capital (mas que tem mandado seus jogos na cidade vizinha) vinha de nove derrotas em nove jogos pelo campeonato, sofrendo 36 gols e marcando somente três. Porém, a Evangélica precisava fazer valer esse favoritismo, e o Monte Cristo certamente ia querer aprontar. No mais, a equipe de Paraúna engrossou um pouco mais a minha lista de times vistos ao vivo, que chega aos 199 integrantes. Assim, no horário marcado, cheguei ao estádio para essa grande partida.

Apesar de ser considerada favorita, a Evangélica demorou para entrar no jogo, e o Monte Cristo chegou até a desperdiçar algumas chances de abrir a contagem. No geral, o jogo era truncado, com as duas equipes cometendo muitas faltas.

Jogador da Evangélica briga para não perder a bola.

E a apatia do time visitante custou caro. Aos 25 minutos, Chiquinho acertou um belo chute cruzado, abrindo a contagem para o Monte Cristo, para surpresa geral dos presentes. A Evangélica até acordou depois do gol, mas errava muito, e não conseguiu reestabelecer a igualdade. O primeiro tempo acabou mesmo com a vantagem mínima do time da casa.

Jogadores disputam a bola.

No segundo tempo, a Evangélica, em desvantagem, foi para cima. Mas não conseguia criar perigo, e a partir dos 15 minutos o Monte Cristo chegou até a ter algumas chances para marcar o segundo.

Evangélica tenta atacar e empatar o jogo.

No entanto, o jogo ficou ainda mais violento na segunda etapa, com muitas faltas, especialmente cometidas pelo time da casa. A situação da Evangélica complicou mais ainda aos 39 minutos, com a expulsão de Romarinho.

Evangélica insistia, mas o gol não saía.

Mas, quando parecia que a zebra ia mesmo dar as caras, a Evangélica acabou chegando ao empate. Aos 43 minutos. Gean cabeceou livre e colocou tudo igual no placar. E, apesar da pressão final, o jogo terminou mesmo empatado em 1 a 1.

Gean, da Evangélica, tem pressa para reiniciar a partida.

Pelas circunstâncias, o resultado pode até ter sido decepcionante para o Monte Cristo. Mas, para uma equipe que, desde a penúltima rodada do campeonato da Série C goiana de 2010 havia perdido todos os seus jogos pela competição, o primeiro ponto conquistado nesse período foi uma vitória. Curiosamente, o último ponto conquistado pela equipe havia sido em uma vitória por 2 a 1 sobre o Aparecida, no dia 21 de novembro de 2010, no mesmo Estádio Aníbal Batista de Toledo. Pelo lado da equipe de Paraúna, mesmo com o empate conquistado no final, pouco há para comemorar. O time caiu para a quinta posição, e as chances de acesso se tornaram remotíssimas.

O término da partida não representou o final da jornada. Depois do jogo, fui repor as energias almoçando no Flamboyant Shopping e, depois, fazer mais uma cobertura.

Esta é a primeira foto desta matéria, sem recortes, que fiz questão de publicar assim por um motivo: nos 90 minutos em que estive no estádio, não havia notado aquele painel com duas meninas jogando bola. Só fui notar quando olhei essa foto. E achei que ficou bacana o contraste entre o desenho e o jogo real.

domingo, 28 de outubro de 2012

Brasiliense vence Vila Nova e joga Série C em 2013

Depois de toda confusão e de todos os atrasos, finalmente a primeira fase da Série C do Brasileirão chega ao fim. E o Campo de Terra aproveitou o fim de semana para ver uma das partidas mais melancólicas do Grupo B, envolvendo Brasiliense e Vila Nova. O Jacaré chegou a esse jogo ainda não totalmente livre do descenso. Precisava vencer para não depender do resultado da partida entre o Santo André, o outro ameaçado, contra o Macaé. O Tigre goiano chegou a essa partida livre do descenso, mas sem chances de se classificar, de modo que somente cumpria tabela. Uma partida com poucos atrativos, a não ser o futebol em si. E, para nós, isso basta.

No começo do jogo, nem parecia que o Brasiliense precisava do resultado. O Jogo todo era jogado no campo de ataque do Vila, embora o time visitante atacasse de forma desordenada, e criando pouquíssimas chances reais de gol. Somente aos 9 minutos o Jacaré chegou no ataque, mas já chegou com perigo: Frontini matou no peito e chutou forte, carimbando o travessão.

Brasiliense tenta partir para o ataque.

E o jogo foi morno na maior parte do tempo. Porém, aos 34 minutos, o Brasiliense abriu os trabalhos: Baiano, sem marcação, chutou cruzado e fez 1 a 0 para o time da casa.

Bola na área: ataque do Vila.

E foi só. Durante o restante da primeira etapa, nem o Brasiliense encontrou forças para marcar o segundo, nem o Vila para empatar. E, sem nenhum minuto de acréscimo, o árbitro encerrou a primeira etapa com a vantagem mínima para o Jacaré.

Brasiliense no ataque.

Quando a bola rolou para o segundo tempo, nada indicava que o jogo iria melhorar. Foram vários minutos de um jogo sonolento, com raríssimas chances de gol. E o Vila Nova acabou chegando ao empate aos 20 minutos, em um lance incrível, com uma cabeçada de Fábio Braz contra o próprio patrimônio.

De novo, o Vila no ataque.

O gol de empate do Tigre deu início a uma fase eletrizante do jogo, ao contrário do que toda a partida havia sido até então. Apenas seis minutos depois do empate do Tigre, Baiano cobrou falta pela direita do ataque do Jacaré com perfeição e reestabeleceu a vantagem do time da casa.

Brasiliense comemora o segundo gol. Momento emocionante do jogo.

A chuva de gols continuou. Aos 31 minutos, o Jacaré marcou mais um. Baiano lançou Chico que, livre, chutou cruzado e fez 3 a 1 para o Brasiliense. Breno diminuiu a diferença e recolocou o Tigre no jogo aos 37, em um lance confuso. E, aos 42, Washington fechou a conta para o Jacaré, e pôs fim a um segundo tempo que, se não foi primoroso tecnicamente, teve o que se espera de um jogo de futebol: gols. Final, Brasiliense 4 x 2 Vila Nova.

Outra chegada do Tigre, no segundo tempo.

O Brasiliense, com esse resultado, permanece na Série C em 2012. Muito pouco para um time que já esteve na Série A e já chegou a uma final de Copa do Brasil. O Tigre terminou a primeira fase com os mesmos 23 pontos do clube da Capital, e também vê adiado seu sonho de voltar à Série B. A festa no grupo ficou para duas equipes fluminenses, Macaé e Duque de Caxias, para a catarinense Chapecoense e a paulista Oeste. Resta esperar a próxima fase para ver quem serão os novos integrantes da Série B em 2013.

Fim de jogo, peguei o metrô e voltei para casa, para o merecido descanso.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Atlético-GO vence Universidad Católica, mas está fora da Sulamericana

Conforme o ano vai chegando ao fim, os jogos vão ficando mais raros, de modo que cada oportunidade de ir ao estádio deve ser agarrada com unhas e dentes. Especialmente quando existe a possibilidade de incluir mais um time estrangeiro na lista, e mais especialmente ainda quando isso ocorre em um jogo realizado no centro-oeste, perto de casa. Por isso, na última quarta-feira, peguei a BR-060 em direção a Goiânia, para ver o espetacular jogo entre Atlético Goianiense e Universidad Católica, pela Copa Sulamericana. O time da casa, que, no Brasileiro, parece ter jogado a toalha na briga contra o rebaixamento, agora foca na competição internacional. Mas, nessa partida, chegou precisando reverter uma desvantagem de dois gols do primeiro jogo, realizado em território chileno, para seguir na briga. De toda forma, um jogo muito interessante, que merecia ser visto in loco, e que faz com que a minha lista de times vistos chegue a 198 clubes, sendo 15 estrangeiros, e quatro seleções.

Nessa Sulamericana, uma das placas traz o nome da cidade onde
o jogo é realizado. Goiânia sendo vista por toda a América do Sul.

Precisando do resultado, o Dragão tomou mais a iniciativa do jogo, mas a defesa do time chileno não deixava o ataque goiano criar boas chances de gol. O Dragão, por outro lado, deixava muito espaço para os contra-ataques.

Precisando do resultado, Dragão ataca.

E a pressão do Atlético acabou falando mais alto. Aos 12 minutos, Joílson recebeu livre e abriu a conta para o Dragão.

Atlético sai na frente.

Mesmo precisando de mais um gol, o Atlético diminuiu o ritmo. Mas os erros da equipe chilena permitiam ao Dragão continuar criando chances de gol. Vendo que poderia marcar o segundo, o Atlético voltou a atacar mais, e criou algumas ocasiões para marcar o segundo gol.

Ataque da Universidad Católica.

De tanto insistir, o Dragão chegou ao segundo gol, com Reniê, aos 35 minutos. Mas a Universidad Católica marcou um importante gol, aos 42 minutos, com Rios. A importância desse gol se devia ao fato de ele afastar qualquer possibilidade de uma decisão por pênaltis, e obrigar o Dragão a fazer 4 a 1 para se classificar.

Ainda o time chileno com a bola.

E nada mais aconteceu na primeira etapa. O jogo ia para o segundo tempo totalmente aberto, mas o time chileno renovava suas esperanças.

Como esperado, o Dragão começou o segundo tempo rondando a área da Católica. E, em apenas cinco minutos, o time da casa chegou ao terceiro gol, com o goleiro Márcio, em cobrança de pênalti.

Lance que resultou em pênalti para o Dragão.

O resultado ainda era bom para o time chileno. O Atlético precisava de mais um gol. Mas, apesar de algumas boas chances esporádicas, o jogo ficou morno. Ricardo Bueno chegou a marcar o que seria o quarto gol atleticano, mas o lance foi anulado, por impedimento.

Dragão sai para o ataque. Ao fundo, torcida do time chileno.

E foi só. O jogo emocionante que se esperava não veio. O restante do segundo tempo foi sonolento e de poucas emoções. Somente nos minutos finais o Dragão esboçou uma pressão, e chegou a carimbar o travessão. Mas já era tarde.

O jogo terminou mesmo com a vitória do Atlético Goianiense por 3 a 1. A Universidad Católica, mesmo perdendo, segue na competição graças ao critério do gol marcado fora de casa, e espera o vencedor de Independiente e Liverpool uruguaio. O Dragão se despede da competição, e a partir de agora foca no Campeonato Brasileiro, competição na qual joga suas últimas cartadas na briga para escapar do rebaixamento.

Fim de jogo, retornei ao hotel e tive o merecido descanso para encarar a estrada no dia seguinte.

sábado, 13 de outubro de 2012

Em partida fraquíssima, Brasiliense supera Tupi

Depois de quase duas semanas longe dos estádios, o sábado me reservou um duelo de vida ou morte no Estádio Serejão, entre Brasiliense e Tupi. As duas equipes vivem um momento difícil: a equipe de Juiz de Fora, que subiu da Série D no ano passado, ocupa o último lugar do grupo, com 14 pontos, enquanto o Jacaré, embora fora da zona da degola, está em sétimo lugar, com apenas três pontos a mais que o Galo Carijó. Muito pouco para quem estava na Primeira Divisão há poucos anos. De toda forma, nenhum dos dois times ia querer perder esse jogo. Para ver quem ia dar um importante passo na luta contra o descenso, fui ao Serejão, para o meu 168º jogo no estádio. E eis o que aconteceu.

Logo no começo, deu para ver que o jogo, ainda atrapalhado pela chuva que caía, seria um reflexo da situação que vivem as equipes. O que se viu foi uma partida fraquíssima, com as duas equipes cometendo erros infantis, criando poucas chances de gol e desperdiçando de forma incrível essas chances.

Brasiliense tem a posse de bola.

Somente aos 23 minutos as redes balançaram. Frontini cabeceou fraco, mas tirou do goleiro do Tupi, marcando Brasiliense 1 a 0.

Equipe mineira tenta se defender.

O Jacaré passou a atacar mais depois do gol, mas a cara do jogo pouco mudou. As duas equipes continuaram errando muito e criando pouco. A disposição do time da casa durou pouco, e logo em seguida a equipe da Zona da Mata passou a dominar as ações. Mas nada suficiente para mudar um primeiro tempo horrível, que terminou mesmo com a vantagem mínima para os donos da casa.

No segundo tempo, a chuva voltou ainda mais forte, e nada indicava que a cara do jogo mudaria. O festival de erros continuava, e o jogo era fraco. Aos seis minutos, porém, Andrade arriscou de longe e a bola achou o caminho do gol. Jacaré 2 a 0.

Segundo tempo. E a chuva castiga...

Depois do gol, o jogo até esquentou no que diz respeito à disposição das equipes, mas as limitações técnicas eram evidentes, e o campo encharcado complicava mais ainda a situação. Aos 28 minutos o Tupi diminuiu. Sílvio acertou uma boa cabeçada, e colocou o placar em 2 a 1 para o Brasiliense.

Tupi busca seu gol.

Após o gol, o time de Juiz de Fora foi para cima, e a maior parte dos minutos finais foi jogada no campo de defesa do Jacaré. Mas o time não encontrava forças para criar grandes chances de gol, e o nível da partida continuava o mesmo. E, após três minutos de acréscimo, a arbitragem resolveu encerrar o show de horrores, com a vitória do Brasiliense por 2 a 1 sobre o Tupi.

Mesmo faltando apenas duas rodadas para o encerramento da primeira fase, o Brasiliense está numa situação curiosa: com 20 pontos, está separado pelos mesmos três pontos da zona de classificação para a segunda fase e da zona de rebaixamento. Mas, se tiver alguma aspiração na competição, precisa mostrar um futebol muito melhor do que o mostrado na tarde de hoje. O Tupi, por sua vez, segue na lanterna do grupo, e tem uma diferença de cinco pontos para o Madureira, primeiro time fora da zona. Em suma, o time da Zona da Mata depende de um milagre para permanecer na Série C. Situação triste para um time que representa uma das mais importantes cidades mineiras, e que sonhou grande ao conquistar, ainda no ano passado, o acesso à Série C.

Fim de jogo, e, com a trégua dada pela chuva, consegui caminhar para a estação de metrô e chegar em casa sem maiores problemas. Esperando para fazer a próxima cobertura.

sábado, 29 de setembro de 2012

Caldas Novas goleia Canedense e segue 100%

Caldas Novas, no Estado de Goiás, é muito procurada por turistas não só do Centro-Oeste, mas de todo o Brasil, seja por suas piscinas naturais de água quente, seja pela agitação de sua vida noturna, especialmente durante a alta temporada. Mas será que alguém procura essa bela cidade por causa do futebol? Pois foi exatamente o que eu fiz no último fim de semana. Fui ver a partida entre Caldas Novas e Canedense, pela segunda rodada da Terceirona goiana. Na curiosíssima primeira rodada, em que os quatro mandantes foram derrotados e não conseguiram marcar um gol sequer, o Caldas Novas foi a Morrinhos e venceu o América local pela contagem mínima. O time de Senador Canedo não teve a mesma sorte, e caiu por 4 a 0 diante do Evangélica, jogando em casa. Era difícil apontar um favorito, já que ainda estávamos na segunda rodada. O melhor a fazer era ir para o estádio para ver como ia ser. E foi o que eu fiz.

O Caldas Novas abriu os trabalhos no primeiro lance realmente perigoso da partida. Aos seis minutos, depois de cobrança de falta, Caculé cabeceou, fazendo 1 a 0 para o time da casa.

Em seis minutos, vantagem do Caldas Novas.

No geral, as duas equipes faziam uma partida fraca no primeiro tempo, e praticamente não criavam nada. E, em um jogo assim, só mesmo a bola parada poderia salvar. E assim foi. Aos 24 minutos, Thiago cobrou falta com perfeição e fez 2 a 0 para o Caldas Novas. Imediatamente depois, a arbitragem parou a partida para os jogadores se hidratarem, no forte calor que fazia na cidade.

Ataque do Canedense.

Depois da parada técnica, o jogo até melhorou, com o time de Senador Canedo chegando a carimbar o travessão. E o Caldas Novas ainda achou o terceiro gol nos acréscimos: Caculé, novamente, recebeu livre e só escolheu o canto: Caldas Novas 3 a 0. E foi só isso antes do intervalo.

Canedense com a bola.

No segundo tempo, com o jogo sob controle, o Caldas Novas atacava mais, e o Canedense também chegava. Mas a boa atuação dos goleiros dificultava a tarefa dos atacantes. Somente aos 29 minutos Caculé, cabeceando livre, marcou o quarto gol do Caldas Novas, e o seu terceiro no jogo.

Disputa de bola.

E foi só. Se o árbitro encerrasse o jogo após esse gol, não se perderia nada de relevante. Só uma bela jogada individual de Caculé, que quase resultou no seu quarto gol na partida, e quinto gol do Caldas Novas, mereceu destaque. E o time da casa acabou mesmo vencendo por 4 a 0.

Mais um flash da etapa final.

O gol deixa as duas equipes em situações totalmente opostas: o Caldas Novas venceu seus dois jogos, enquanto o Canedense sofreu duas derrotas, e sofreu oito gols em suas duas partidas disputadas até aqui. Ainda dá para recuperar, mas é preciso começar logo. Assim como o Caldas Novas precisa trabalhar para não deixar a peteca cair.

Fim de jogo, voltei para o hotel para descansar, e para me preparar para passar mais cinco horas viajando de ônibus no domingo.