sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Aviso

Nas últimas duas rodadas estive afastado por motivos particulares, por isso não postei nada sobre os jogos de sábado e quarta-feira. Mas no próximo fim de semana estaremos de volta com o melhor dos esportes.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Brasília e Ceilândia só empatam

Depois da viagem a Luziânia no sábado, domingo foi a vez de cobrir um jogo mais próximo. Por isso, à tarde, fui para o estádio do Cave, no Guará, onde Brasília e Ceilândia mediriam forças. Era mais um confronto entre equipes mais antigas da competição, e a tarde prometia. Por isso, fui lá ver o que ia acontecer.

Como cheguei mais cedo no estádio, ainda fui para o campo e consegui bater 'in loco' as fotos dos dois times posados. Aí estão:

Brasília Futebol Clube
Ceilândia Esporte Clube

Após o apito inicial, o Brasília começou melhor no jogo, e foi logo dando seu recado. Após perder uma boa chance aos 5 minutos de jogo, abriu o placar aos 10. Edicarlos tabelou com Kaká, recebendo a bola de volta livre de marcação, pela esquerda. Aí foi só chutar e correr para o abraço. Brasília 1 a 0.

Brasília comemora gol, logo aos 10 minutos de jogo.

Mas o Brasília mostrou que continua sofrendo do mal crônico que o aflige há anos: o de levar pressão quando está em vantagem. A partir daí, o Ceilândia, que vem mal na tabela, passou a pressionar, perdendo várias chances de gol. Primeiro, teve três escanteios seguidos. Pouco depois, a bola foi cruzada na diagonal e atravessou toda a área, mas ninguém apareceu.

Lance de perigo para o Ceilândia. A bola passa por todo o mundo na área, mas ninguém conclui.

E, como era de se esperar, o Ceilândia chegou ao gol de empate. Num lance em que a defesa colorada ficou só olhando, Diego bateu da entrada da área, sem chances para o seu xará. Novamente tudo igual no Cave.

Ceilândia comemora gol de empate.

Após levar o gol, o Brasília despertou, e voltou a buscar jogo. A partida ficou equilibrada, mas poucas chances reais de gol foram criadas até o final da primeira etapa. E Brasília e Ceilândia foram mesmo para os vestiários empatados em um gol.

Ceilândia na ataque: final do primeiro tempo equilibrado.
Essa foto é do banheiro do Cave: perigo para os torcedores.

O segundo tempo começou com o Brasília recuperando a vantagem: Tiago Silva recebeu passe de Didão e só teve o trabalho de colocar para dentro: Brasília 2 a 1. Isso logo aos dois minutos. E bem nessa hora minha máquina pifou, e não consegui registrar a comemoração do gol.

Então, troquei as pilhas da máquina e continuei acompanhando a partida. Como era de se esperar, o Ceilândia voltou a pressionar. Aos 16 minutos, Cássius mandou na trave, num belo chute de fora da área. E, três minutos depois, o próprio Cassius aproveitou mais uma falha da defesa colorada para novamente empatar o jogo: Brasília 2x2 Ceilândia.

Mais uma vez, o Brasília voltou a buscar o gol. Mas partia para cima sem nenhuma organização, só na base do abafa. Dessa forma, poucas chances de gol foram criadas. E nem mesmo a expulsão do artilheiro Cassius, do Ceilândia, mudou esse panorama.

Bola alta no ataque do Ceilândia
Confusão no ataque do Brasília: para o juiz, lance normal.

E o Brasília ainda teve a chance da vitória: já nos acréscimos, o time teve um pênalti a seu favor.

Thiago Silva se prepara para cobrar o pênalti.

Mas não era dia do Brasília mesmo. Renan defendeu a cobrança, defendeu novamente no rebote, e, na terceira chance, o atacante mandou na trave. E ficou nisso mesmo: Brasília 2x2 Ceilândia. O Brasília continua em quinto lugar, com 10 pontos. O Ceilândia, com 6, continua em sexto.

Placar final do jogo.

Final de jogo, peguei meu carro e fui embora. A semana me esperava.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Na "Lua", Luziânia bate Gama

O jogo entre Luziânia e Gama foi marcado por muita polêmica na semana que o antecedeu. Tudo começou quando a Federação Brasiliense liberou o Serra do Lago, estádio de Luziânia, para receber a partida. Antes disso, o estádio encontrava-se em reformas para recuperação do gramado, de modo que o time goiano teve que enfrentar Legião, Dom Pedro II e Brasília longe de casa. Se, por um lado, o Luziânia venceu os três adversários nesses jogos, por outro os jogos foram um fracasso de público. Os três jogos tiveram uma média de 164 pagantes. Por isso, os goianos estavam ansiosos para voltar para casa.

Mas, na quinta-feira, começou a polêmica. Jogadores e dirigentes do Gama foram reconhecer o gramado, e não gostaram do que viram. Muitos buracos, grama irregular, esses foram alguns dos problemas constatados pelos gamenses, que atacaram duramente a federação por liberar o estádio. Um dirigente chegou a afirmar que o Gama jogaria na Lua, referindo-se à quantidade de buracos. Mesmo assim, tiveram de engolir a decisão da entidade, e foram para Luziânia jogar. E o Campo de Terra foi junto. Pontualmente, peguei a BR-040 e fui para lá conferir o jogo.

Panorâmica do gramado, antes do início do jogo: muitos buracos.

Mas vamos ao jogo: a torcida do Luziânia compareceu em bom número (1.871 pagantes) e fez uma bela festa, indiferente a toda polêmica. A torcida do Gama também compareceu, evidentemente em menor número, e incentivou seu time. Com o apoio da torcida, o time goiano partiu para o ataque, e foi criando várias chances de gol. Já aos 15 minutos Léo Guerreiro teve a chance de abrir a contagem, mas acabou chutando fraco.

Flash do primeiro tempo

E, de tanto atacar, o Luziânia abriu a contagem aos 30 minutos de jogo. Rogério cruzou para Chimba, que, da grande área, acertou um belo chute, sem dar chances ao goleiro André Zandoná. Luziânia 1 a 0.

Luziânia comemora gol.

Com o gol, o time do Gama despertou. Mas faltava pontaria nas finalizações. O lateral Adriano chegou a ter uma grande chance para empatar o jogo, ao receber um cruzamento, livre de marcação. Mas chutou por cima.

Gama ataca, buscando o empate.
Lance de perigo para o Gama: aqui, time perde a chance do empate.

E o primeiro tempo acabou assim mesmo: Luziânia na frente, por 1 a 0. Não ousei fazer muita coisa durante o intervalo: com a ameaça de chuva, minha prioridade foi manter um lugar na área coberta. Assim, após tirar a tradicional água do joelho, voltei logo às arquibancadas do estádio.

Durante boa parte do segundo tempo, o Gama pressionou. Mas o ataque mostrava uma completa ineficiência. O time criou poucas chances de gol, e não aproveitou as que criou.

Panorâmica do jogo no segundo tempo.

E foi o time da casa quem ampliou o marcador. Dessa vez foi Eduardo quem aproveitou um cruzamento de Perivaldo para marcar: Luziânia 2 a 0.

Jogadores e torcida do Luziânia comemoram segundo gol.

Com uma boa vantagem, o Luziânia pouco foi molestado, e só administrou a vantagem. A torcida gamense começou a protestar, e parte dela foi, inclusive, para trás do banco de reservas do time.

Protestos da torcida do Gama

O técnico gamense acabou colocando o veterano atacante Maia em campo. E a mudança de resultado. Ele próprio diminuiu a desvantagem de seu time. E bem nessa hora eu estava olhando para o outro lado, e não vi o gol.

Após primeiro gol do Gama, jogadores correm para reiniciar a partida.

A partida ficou eletrizante nos cinco minutos finais. Tanto o Gama criou chances de arrancar um empate heróico quanto o Luziânia teve oportunidades de fechar o caixão e garantir a vitória.

Ataque do Luziânia: boas chances dos dois lados

Mas a rede não balançou mais. E o placar final foi mesmo de 2 a 1 para o Luziânia, que impôs ao Gama sua segunda derrota consecutiva na competição. Curiosamente, uma semana antes do início do campeonato, Gama e Luziânia fizeram um amistoso no Bezerrão, no qual o Gama, jogando com o time de aspirantes, vencera o time goiano por 2 a 1. Agora, o time principal do alviverde é derrotado pelo mesmo Luziânia.

Final de jogo, peguei a estrada novamente, e fui comer uma deliciosa pizza na Santa Pizza (207 sul). E amanhã tem mais jogo.

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Dois pequenos anúncios aqui no nosso blog.

Em primeiro lugar, queria falar do Programa Bola Cheia, um programa online onde são debatidos os temas referentes ao futebol de Brasília. Toda segunda tem programa novo no ar, abordando principalmente a rodada do fim de semana.

Em segundo lugar, avisar que já está no ar a comunidade do Campo de Terra no Orkut. Para quem quiser falar sobre os diversos temas abordados aqui no blog, e sobre o esporte em geral. Participe você também!!

Homenagem aos donos da América

E, é claro, não poderia deixar de homenagear o Universo/BRB por essa grande conquista: a Liga das Américas, que é a Libertadores do basquete.

A conquista veio com uma vitória suada diante do Halcones Xalapas, do México, em plena casa do adversário. O Universo fez uma grande partida, e trouxe essa taça para Brasília e para o Brasil.

O Universo mais uma vez prova que é possível sim o esporte de Brasília crescer. Que quando há investimentos e trabalhos sérios, os resultados vêm. Que nenhuma lei natural determina que o esporte de Brasília está fadado ao fracasso. O Universo levantou essa taça e nem chegou a ser uma surpresa, pois é um gigante. Um gigante em pleno Planalto Central.

PARABÉNS UNIVERSO!!!

Fonte: UOL
Universo campeão da Liga das Américas

Bem-vindo de volta, Brasília x Gama!

Hoje em dia, não há dúvidas de que o jogo que mais mexe com o torcedor dos times do Distrito Federal é Gama x Brasiliense - tanto é verdade que, no último confronto, 16 mil torcedores estiveram presentes. Mas nem sempre foi assim. Nos anos 70 e 80, o jogo que mexia com a cidade era Gama x Brasília (ou Brasília x Gama, lógico!). É bem verdade que nesse período o Brasília ganhou muito mais títulos locais que o Gama (8 x 1). Mas, por outro lado, a torcida gamense já lotava o Bezerrão a cada jogo de seu time, especialmente contra o Brasília.

No entanto, essa antiga rivalidade andava meio apagada. Desde o distante 8 de abril de 2001, quando o Gama derrotou o Brasília por 1 a 0, que as duas equipes não se enfrentavam. Naquele ano, o Brasília acabaria rebaixado, voltando para a elite ainda no mesmo ano como campeão da Série B (o regulamento à época permitia isso) e, em 2002, disputou a Primeira Divisão e, sem enfrentar o Gama, voltou a ser rebaixado, voltando somente na atual temporada. E finalmente, na tarde de domingo, 8 de fevereiro de 2009, exatos 7 anos e 10 meses depois, Brasília e Gama voltaram a se enfrentar, dessa vez no estádio do Cave.

Meia hora antes do início do jogo, eu já estava posicionado nas arquibancadas do Cave. A tarde prometia um grande jogo. E, de fato, os 1.154 pagantes do jogo viram uma grande partida.

Ataque do Brasília no primeiro tempo

Durante o primeiro tempo, as duas equipes alternavam chances de abrir o marcador. Cacareco para o Brasília e Ferrugem para o Gama tiveram boas chances, e obrigaram os goleiros André Zandoná e Diego a fazerem intervenções difíceis.

Bola no ar. Jogadores aguardam.

E foi o Brasília quem chegou ao gol: aos 40 minutos, na saída de André Zandona, o atacante Thiago Silva chutou e abriu a contagem: Brasília 1 a 0.

Jogadores do Brasília comemoram gol: vista de uma fenda do alambrado.

O Gama não conseguiu reagir no primeiro tempo, e as equipes foram para o vestiário com a vantagem do Colorado, por 1 a 0.

No intervalo, fiquei conversando com diversos torcedores das duas equipes. A conversa entre torcedores adversários naquela tarde foi amigável, como o futebol deve ser sempre.

E, com a bola rolando, logo aos 10 minutos novamente Thiago Silva marcou um golaço, aumentando a vantagem do Brasília: deu um corte no zagueiro Luciano Dias e bateu no ângulo de André Zandoná. Brasília 2 x 0.

Gama ataca no segundo tempo.

Mesmo precisando marcar gols, o Gama atacou menos que o Brasília no restante do jogo. E, nas vezes que atacou, a defesa colorada trabalhou com eficiência, mantendo o perigo longe da área. Enquanto isso, o Brasília perdeu boas chances de ampliar o marcador.

E ficou nisso mesmo. Brasília 2x0 Gama. Depois de quase oito anos, estava de volta o clássico dos anos 80 no Distrito Federal. Bem-vindo de volta, Brasília x Gama!!!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Brasiliense busca empate no final

Demorei quase uma semana para postar esse jogo, mas aí vai. Na tarde de sábado passado, 7 de fevereiro, foi a vez de Brasiliense e Legião medirem forças no Serejão. A TV Brasília transmitiu a partida, mas aqui no Campo de Terra a gente gosta mesmo é de ver ao vivo, então peguei o metrô e fui para lá para ver o que ia acontecer. E, claro, contar aos amigos internautas.

Faixa na entrada do Serejão convida o torcedor a ir ao próximo jogo. Que jogo? Está faltando algo...

O Jacaré levava um notável favoritismo nesse jogo. Afinal de contas, contava com um time mais experiente e ocupava o segundo lugar na classificação do campeonato, ao passo que seu adversário era o lanterna. Por isso, o torcedor do clube amarelo esperava uma goleada do seu time. O torcedor do Legião, por sua vez, vinha animado pela vitória de seu time diante do Brazlândia, e queria ver seu time surpreender.

Com o início do jogo, o Legião veio logo mostrando que não estava para brincadeira. Com apenas dois minutos de jogo, o goleiro do Jacaré, Guto, viu sua trave ser carimbada pelo ataque do Legião. O time laranja mostrava muito mais futebol do que nas rodadas anteriores, e logo se mostrou um osso duro para o time da casa.

Flash do jogo no primeiro tempo: partida equilibrada

O susto serviu para acordar o Jacaré, que foi ligeiramente superior nos minutos seguintes do jogo. No entanto, o ataque do Brasiliense, especialmente o recém-contratado Fábio Junior (aqueeeele!!!), que finalizava mal e a torcida pegava no seu pé.

E o futebol costuma ser cruel com o time que não aproveita suas chances de gol. E foi assim que o Legião abriu a contagem: num belo chute de Edmar de fora da área, sem nenhuma possibilidade de defesa para Guto. Legião 1 a 0.

Jogadores do Legião comemoram gol.

O Brasiliense continuou cometendo os mesmos pecados no ataque. E, dessa forma, nada mais aconteceu no primeiro tempo. O Legião foi para o vestiário em vantagem no marcador.

Panorâmica do jogo no primeiro tempo. A chuva despontava lá longe. Felizmente, ficou só na ameaça.

Antes do início do segundo tempo, com a ameaça de chuva, deixei meu lugar atrás do gol e fui para as cadeiras. A chuva assustou quem a viu de longe, mas felizmente não chegou a atrapalhar o espetáculo.

O segundo tempo começou com o Brasiliense atrás do gol de empate. Mas ainda não foi nesses primeiros minutos que o time acertou o pé. Nos primeiros cinco minutos, Adrianinho e novamente Fábio Junior desperdiçaram boas chances.

Mais um lance do segundo tempo: mais chances desperdiçadas pelo time da casa.

E a coisa começou a complicar ainda mais para o Jacaré quando Rodriguinho deu um carrinho por trás no atacante Lucas, do Legião, e foi convidado a se retirar do jogo. Com um jogador a menos, o Brasiliense diminuiu a pressão.

Lance do segundo tempo

Cerca de 10 minutos antes do final do jogo, o juiz cometeu certamente o erro mais grosseiro do campeonato até aqui, ao anular um gol legal de Fabinho, do Legião, que selaria a vitória dos visitantes. Confesso que não soube dizer, na hora, se havia ou não impedimento - das cadeiras era meio difícil de ver. Mas a imagem da televisão foi clara: não só Fabinho estava na mesma linha do último defensor do Legião, como estava nitidamente atrás da linha da bola no momento do passe. Para constar, Almir Camargos era o árbitro do jogo, e Francisco Nogueira foi o bandeirinha que marcou o impedimento.

Fábio Junior deixa o campo, para a entrada de Gustavo: veterano atacante ainda não convenceu.

E quando o Legião parecia já ter garantido a vitória, eis que, já nos acréscimos, o Brasiliense empata. Edinho aproveitou uma cobrança de falta para cabecear com precisão e colocar tudo igual, dando números definitivos ao placar: Brasiliense 1x1 Legião.

Já no finalzinho, Brasiliense empata.

Fim de jogo, peguei novamente o metrô e voltei para casa. Era hora de descansar, pois a jornada continuaria no dia seguinte.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Luziânia vence Brasília na raça

Mais uma vez, a tarde de quarta feira foi de bola rolando em Brasília. Misteriosamente, o jogo entre Luziânia e Brasília, marcado para o último dia 4 de fevereiro, acabou sendo realizado às 16 horas. A iluminação do Mané Garrincha, até onde eu saiba, não tem nenhum problema. Então, não há explicação para uma mudança que certamente só contribuiu para afastar o público do jogo.

Dito isso, volto ao jogo. O mando de campo era do Luziânia. Mas, como o estádio Serra do Lago, na cidade goiana, encontra-se interditado e o Ceilândia não permitiu que o jogo ocorresse no Abadião, a partida acabou sendo transferida para o Mané Garrincha. Apesar do forte calor, do horário de trabalho e da distância (especialmente para os torcedores do Luziânia), 106 pessoas superaram essas contrariedades e pagaram ingresso para acompanhar a partida.

O primeiro tempo foi bastante movimentado. Mesmo castigadas pelo forte calor, as duas equipes buscaram o ataque com insistência. Tanto Luziânia quanto Brasiliense criaram boas oportunidades, mas acabaram parando nas defesas adversárias, e na falta de pontaria dos seus atacantes.

Brasília ataca: primeiro tempo movimentado, apesar do calor.

No finalzinho do primeiro tempo, Giovani chegou a marcar para o Brasília. Mas a arbitragem assinalou impedimento, e anulou o gol. Assim, os dois times foram para o intervalo sem abertura de contagem.

Jogadores disputam bola, observados pelo árbitro Divino Enes: arbitragem contestada por ambas equipes

No intervalo, tomei aquela Coca-Cola de sempre, para me refrescar do calor, e me preparar para o segundo tempo. Enquanto isso, conversei com alguns torcedores que estavam pelas arquibancadas do Mané Garrincha.

O segundo tempo começou como terminou o primeiro: com as equipes procurando o ataque e sofrendo com o calor. Mas os goianos abriram o placar: Eduardo puxou um rápido contra-ataque e se livrou de dois jogadores do Brasília. Em seguida, serviu Rodrigo, que, sem marcação nenhuma, chutou sem chances para o goleiro Diego. Luziânia 1 a 0.

Luziânia comemora gol.

Bastaram, porém, sete minutos para que dois jogadores do Luziânia fossem expulsos: primeiro foi Jocelmo, aos 15 minutos, por retardar o jogo (ver update). Depois, foi Ítalo, que acabara de entrar, aos 22, por falta dura em Kaká (ver update). O resultado foi uma pressão total do Brasília, que lutava pelo empate.

O Luziânia afastava o perigo de qualquer maneira, e aproveitava para fazer uma cera quando conseguia. Do lado do Brasília, o técnico Marquinhos Carioca pecou por não reforçar o ataque, apesar da vantagem numérica.

Ataque do Brasília: com dois a maistime pressionou no segundo tempo.

E, enquanto o ataque do Brasília abusava do direito de perder gols, o Luziânia chegou a ter a chance de marcar o segundo, num perigoso contra-ataque.

E dessa forma o Luziânia segurou heroicamente o ataque do Brasília. Quando o juiz apitou, os jogadores do time azul, exaustos, se jogaram no chão. Após o jogo, choveram críticas à arbitragem dos dois lados: o Luziânia reclamava das duas expulsões. Já o Brasília reclamava do gol anulado, e da condescendência da arbitragem com a cera dos goianos - o juiz prometeu apenas quatro minutos de acréscimo no segundo tempo, e não deu nem isso: encerrou com três minutos além do tempo.

Após o jogo, corri para o Gama para ver o time da casa enfrentar o Ceilândia. Mas não cheguei a fazer nenhum registro especial da partida. Por isso, minha jornada de quarta-feira se encerrou aqui.

Update: da súmula do jogo:

Expulsei do campo de jogo, aos 16 min do 2o. tempo, o Sr. Jocelmo da Silva Tolentino, No. 08 (oito) da equipe A. A. Luziânia, por prática de anti-jogo, ou seja, retardar a cobrança de falta a favor de sua equipe, com o intuito de ganhar tempo. Cabe ressaltar que esse já havia cido (sic) advertido con cartão amarelo, anteriormente, por prática de jogo brusco.

Expulsei do campo de jogo, aos 22 min do 2o. tempo o Sr. Ítalo Thoiamy da Silva, No. 18 (dezoito) da equipe A. A. Luziânia, por atingir com um chute, na disputa de bola, por detraz (sic) , nas proximidades do círculo central, o tornozelo direito de seu adversário, de No. 06, o Sr. Ricardo Ferreira de Sousa. Cabe salientar que o atleta atingido continuou na partida normalmente após ser atendido.

Dessa forma, estão explicadas as duas expulsões.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Brazlândia vence a primeira

Depois da jornada matutina, fui correndo para o Chapadinha, onde o Brazlândia enfrentaria o Luziânia. Na verdade, foi só meu terceiro jogo no Chapadinha - antes, havia visto Brazlândia 0x1 CFZ, em 2002, e Brazlândia 1x0 Legião, no ano passado. Mas é sempre um prazer pegar a DF-001 e a BR-080 e suas bucólicas paisagens no caminho para Brazlândia. Sem falar na deliciosa pamonha da Pamonharia Mineira, uma parada obrigatória nas minhas visitas à cidade.

Como cheguei cedo em Brazlândia, aproveitei para dar um passeio pela cidade, visitando o espelho d'água e a Igreja do Menino Jesus de Praga.

Olho d'água e Igreja do Menino Jesus de Praga.

Depois das visitas, fui ao estádio, para esperar o início do jogo. A situação dos dois times era diferente: o Luziânia vinha bem na competição, ocupando o terceiro posto. Já o time da casa ocupava a vice-lanterna, e buscava deixar a zona de rebaixamento. O jogo prometia.

O primeiro tempo foi bastante movimentado. Apesar dos erros das duas equipes, várias oportunidades de gol foram criadas de ambos os lados. O equilíbrio foi a marca do período.

A bola sai, e jogadores reivindicam a posse de bola. Juiz marcou escanteio para o Brazlândia

Aos 26 minutos, Rodrigo perdeu uma boa chance para o Luziânia. Logo em seguida, o Brazlândia respondeu com Bigu, que por pouco não se aproveitou de uma falha da defesa goiana para abrir a contagem.


Dois flashes de um primeiro tempo com boas chances, mas sem gols.

E o primeiro tempo terminou mesmo com dois zeros no placar. As emoções estavam reservadas para o segundo tempo.

E realmente estavam! André Matias foi o nome do gol, ao desviar de cabeça a bola em cobrança de falta. O Brazlândia estava na frente.

Brazlândia na frente. 1 a 0.

O Luziânia sentiu o gol, e partiu desesperadamente para o ataque. O jogo acabou ficando nervoso. O juiz distribuiu, durante a partida, dez cartões amarelos e um vermelho.



Chances do Luziânia no ataque

A melhor chance do Luziânia ocorreu aos 39 minutos da segunda etapa, numa cobrança de escanteio. Após o lance, Chimba agrediu o goleiro André, do Brazlândia, e foi para o vestiário antes do fim do jogo.

Chance para o Luziânia

Final de jogo, Brazlândia 1 a 0 Luziânia. No final do jogo, um lamentável desentendimento entre as torcidas, e o fraco policiamento do estádio teve dificuldades para conter os brigões. Eu não tinha nada a ver com a história, e fui para casa, para o merecido descanso.

Brasília vira e se vinga do Legião

A história dos confrontos entre Legião e Brasília começou em 2006, ano em que o clube de camisas cor de laranja se profissionalizou. Naquela época, as duas equipes se encontraram na Terceira Divisão do Campeonato Brasiliense - que era disputada pela primeira vez - e brigavam por apenas uma vaga na Segundona local. Os dois times se encontraram na decisão, e o Legião - que, durante a competição, aplicara a maior goleada da história do futebol candango, ao derrotar por 12 a 0 o Bosque, de Formosa - acabou vencendo por 2 a 1. Nos três confrontos ocorridos durante a competição, duas vitórias do Legião e um empate.

O Brasília teve que esperar mais um pouco para subir. Mas valeu a pena esperar. No ano seguinte, o Brasília voltou a ser vice-campeão da Série C - após terminar a primeira fase com 100% de aproveitamento e perder a final em jogo único para o Santa Maria -, mas havia duas vagas em jogo, e o Colorado subiu. E em 2008 o Brasília sagrou-se campeão da Segundona local, retornando à elite após seis anos fora. O Legião também não deixou por menos: um ano após conquistar o acesso à Segundona local, conseguiu a vaga na elite. E, em 2009, finalmente os caminhos dos dois times voltaram a se cruzar. E, cono não poderia deixar de ser, o Campo de Terra estava lá.

Apesar do sol que voltava a aparecer depois de vários dias escondido, não houve uma presença maciça de público. Pouco mais de 600 almas compareceram ao Mané Garrincha para ver o jogo. Mas quem foi estava animado, torcendo muito por um dois times, ou só se divertindo com um bom jogo - coisa, aliás, que este humilde blogueiro adora fazer. Por falar nisso, vamos falar do jogo.

O jogo começou morno. O Brasília, embora tenha um time tecnicamente superior ao Legião, começou o jogo meio perdido em campo. Assim, as duas equipes criaram pouquíssimas oportunidades no início do jogo.

Ataque do Legião: começo de jogo sem grandes emoções

Até os dez minutos de jogo, as duas equipes pouco criaram. A partir daí, o Brasília se encontrou no jogo, e o Legião também passou a levar perigo. E foi justamente o Legião quem abriu a contagem: num chute do meia Diego, o seu xará goleiro do Brasília até defendeu, mas não segurou. No rebote, o próprio Diego abriu a contagem. Legião 1 a 0.

Aos 13 minutos, é aberta a contagem: Legião 1 a 0.

Mas a alegria do Legião não durou muito. Em apenas sete minutos, o Brasília viraria a partida. Primeiro, com um gol de Kaká, aos 16 minutos. Num chute de dentro da área, o lateral-esquerdo marcou contra seu ex-time. Depois, aos 20 minutos, foi a vez de Giovane receber um passe de Thiago Silva e, sozinho, só ter o trabalho de empurrar para as redes. Brasília na frente, 2 a 1.

Nem deu para comemorar direito. Sete minutos após levar o gol, o Brasília virou o jogo.

Com a vantagem, o Brasília passou a se defender mais. E a defesa do Colorado se mostrou insegura nessa fase do jogo. Cometeu vários erros, oferecendo ao Legião várias chances para empatar a partida.

Mas o Brasília acabou chegando ao terceiro gol. Em um contra-ataque, Magrão aumentou a vantagem colorada. A bola ainda desviou no caminho. Brasília 3 a 1.

Mesmo jogando defensivamente, o Brasília conseguiu aumentar a vantagem, com Magrão.

E nada mais aconteceu na primeira etapa. O Brasília foi para os vestiários com uma importante vantagem de 3 a 1.

Disputa de bola, ainda no primeiro tempo

No segundo tempo, praticamente não houve jogo. O Brasília, contente com o resultado, se poupava, talvez tendo em vista o jogo contra o Luziânia, quarta-feira. O Legião não encontrava forças para tirar proveito do desinteresse colorado, e, nas poucas vezes que chegou, a defesa do Brasília, ao contrário do que acontecera no primeiro tempo, mostrou-se segura, e não deu chances ao ataque do Legião.

Dois flashes de um segundo tempo morno

E o jogo terminou assim mesmo: Brasília 3x1 Legião. Com o apito final, fui direto para o Chapadinha, para ver o jogo do Brazlândia com o Luziânia.